“Porque juntas somos mais fortes”. É com o sentimento de sororidade (união entre as mulheres) que o Movimento de Mulheres do Acre realiza neste domingo, 10, o Entardecer Feminista – evento que encerra a campanha mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”.
O sarau se inicia às 16 horas e será promovido na Casinha Ocupação Cultural, localizada no Parque da Maternidade – Rua Granada, número 50, em Rio Branco. A atividade de cunho político, social e cultural promove a visibilidade das vozes femininas, enaltecendo o protagonismo das mulheres na sociedade.
Aberto ao público, o Entardecer Feminista dispõe de uma programação recheada de muitas apresentações artísticas: músicas, danças e poesias. No local também serão promovidos: sebo literário, bazar, exposição fotográfica, batucada e oficinas sobre a história do feminismo, tipos de violência, cultura do estupro, entre outros temas.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 181, que põe em risco as formas de aborto atualmente permitidas no Código Penal, está entre as bandeiras de luta e resistência do Movimento Feminista no Acre e será debatida no encontro.
“Esse sarau encerra os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulher, que é uma agenda internacional, mais de 100 países já desenvolvem. O Entardecer também chama a atenção para a Marcha Mundial de Mulheres do Acre, que ocorre em março, com o intuito de arrecadar dinheiro para o fundo do movimento, mas especialmente dar visibilidade ao protagonismo das mulheres”, explica a feminista Isma Fernanda Moreira.
Concita Maia, secretária de Estado de Políticas para as Mulheres, ressalta a importância do movimento social na construção de uma sociedade com equidade de gênero. “Mais uma vez as mulheres são protagonistas de uma nova sociedade, mostrando sua força nesse momento de muitos retrocessos sociais que enfrentamos no país. Nós, da SEPMulhres, somo sempre parcerias”, frisou.
16 Dias de Ativismo
A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher” iniciou em 1991, no Centro de Liderança Global de Mulheres(Center for Women’s Global Leadership – CWGL), com o intuito de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo.
O período escolhido para a Campanha é bastante simbólico, já que se inicia no dia 25 de novembro – declarado como o Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres – e finaliza no dia 10 de dezembro – dia Internacional dos Direitos Humanos. Desta forma, é feita uma vinculação entre a luta pela não violência contra as mulheres e a defesa dos direitos humanos.
No Estado, as atividades relacionadas à campanha são promovidas pela Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) e demais Organismo de Políticas para Mulheres (OPMs) municipais.