Engenharia Florestal do Paraná em intercâmbio no Acre

Primeira turma de acadêmicos do intercâmbio venceu as dificuldades da distância para conhecer uma realidade totalmente nova

Desde sábado, dia 13, alunos de engenharia florestal da Universidade Federal do Paraná, UFPR, atravessaram cerca de 3600 km para estar em intercâmbio aqui no Acre. Sob orientação do professor Renato Robert, que ministra a disciplina Gestão de Abastecimento Florestal, eles estão trocando informações com outros acadêmicos da UFAC, conhecendo a cadeia produtiva, indústrias madeireiras, projetos de pesquisa e também acompanhando fiscalização, com vistorias e inspeções sobre desmate.

Participam efetivamente, sete acadêmicos do Paraná e sete acadêmicos da Universidade Federal do Acre. Esse projeto tem como parceiros não só as faculdades, mas o Governo do Estado do Acre, a WWF e a Fupev – Fundação de pesquisa da universidade do Paraná. Faz parte dos objetivos o inverso da viagem. Quando acadêmicos, pesquisadores e técnicos do Acre poderão conhecer a realidade distinta do nosso estado visitante.

Eles participaram de palestras sobre a legislação, visitaram a secretaria de floresta e no Instituto de Meio Ambiente tiveram contato com as equipes de educação ambiental, fiscalização, geoprocessamento e com a divisão de indústria, a qual hoje os levará em visita às indústrias madeireiras: Nova Canaã e Ouro Verde.

"Estamos nos sensibilizando muito. Porque temos noção que estamos no lugar mais importante do mundo na atualidade. E a gente, tinha uma noção virtual, através da mídia, do que seria a floresta amazônica e como seria o morador junto a ela, mesmo porque a gente criticava muito o desmate, mas conhecemos o manejo no viés sustentável, o que é um outro padrão de vida. E eu vou sair daqui tendo a certeza que é um jeito de se viver melhor", comenta o acadêmico Jefferson Hornig, que faz mestrado em silvocultura.

O confronto entre as realidades do Acre e do Paraná está, principalmente, na exuberância e tamanho da nossa floresta nativa protegida. No Paraná a Mata Atlântica ativa está em apenas 8% e as atividades giram em torno de reflorestamento, unidades de conservação e indústria. Enquanto no Acre, há várias linhas de pesquisa e opções de um mercado de trabalho bem mais aberto. Além da possibilidade de se manejar a floresta com sustentabilidade. Coisa impossível no estado do sul, pois toda floresta que restou está destinada unicamente à preservação.

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