Enfrentamento à Violência contra a Mulher é fortalecido em Cruzeiro do Sul

Governo do Estado intensifica apoio às políticas públicas de gênero no Juruá

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A equipe da Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres visitou nessa quinta-feira, 30, a Casa Abrigo do Juruá, no município de Cruzeiro do Sul (Foto: Assessoria SEPMulheres)

A equipe da Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres) visitou nessa quinta-feira, 30, a Casa Abrigo do Juruá, no município de Cruzeiro do Sul. Até dia 02, a comitiva cumpre uma extensa agenda de articulação e mobilização com o objetivo de atender as mulheres do Juruá e firmar importantes parcerias para a concretização de políticas públicas de gênero em todo o estado.

A Casa Abrigo do Juruá é administrada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Desenvolvimento para a Segurança Social (Seds). Ela tem uma missão para realizar o enfrentamento à violência contra a mulher (integridade corporal, psicológica e sexual), são acolhidas e podem enfrentar esse momento de angústia com proteção e apoio.

A Casa Abrigo tem demandas mensais e atualmente está com duas mulheres vítimas e seis crianças abrigadas. Além da Casa Abrigo, Cruzeiro do Sul conta também com a Delegacia da Mulher e o Centro de Referência de Atendimento a Mulher Vitória Régia.

A violência contra a mulher não é só das mulheres, atinge família e filhos, compondo assim um drama complexo e ainda freqüente no Brasil. Essa preocupação gerou o Pacto Nacional de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher, que foi protocolado em 2008. No ano seguinte, o Estado do Acre apresentou seu projeto articulado e iniciou o Pacto Estadual de Enfrentamento à Violência.

Para o Juruá, a SEPMulheres vai apresentar três resultados frutos do pacto: Reestruturação do Casa Abrigo e do Centro de Referência, lançamento da Rede Reviver (fluxo de atendimento disponível para a sociedade com o intuito de reduzir os danos e agravos sofridos pela mulher em situação de violência) e a “Bolsa Mulher”.

A coordenadora de alta complexidade da Seds, Andrea Guedes, explica que muitas mulheres voltam para a situação de violência por não ter apoio e amparo. A “Bolsa Mulher” é um recurso do Pacto Nacional em que, por quatro meses, essa mulher que foi abrigada, recebe R$ 465 durante esse processo de reconstrução da vida. “Ela vai poder pagar um aluguel, ou comprar alimentos para si e seus filhos, ou ter dinheiro para se locomover, iniciar um curso e assim ter o poder de mudar o rumo de sua história”.

Segundo pesquisa realizada pelo Ibope, para 55% da população a violência é um dos três principais problemas que afligem as mulheres e 51% dos entrevistados declararam conhecer ao menos uma mulher que já foi agredida pelo seu companheiro. Dados da Pesquisa Perseu Abramo revelam que, em média, uma mulher é agredida a cada quinze segundos.

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