Enem é aplicado nas unidades penitenciárias do Acre

Foram dois dias seguidos de aplicação das provas. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para adultos privados de liberdade e jovens sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL), foi aplicado em todo o Brasil na última terça-feira, 23, e quarta-feira, 24.

Exame é aplicado desde 2010 pelo Inep, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foto: William Silva

No Acre, 366 presos do Sistema Penitenciário foram inscritos. No primeiro dia de aplicação de provas, 307 detentos compareceram às salas de aplicação, já no segundo, o número caiu para 298. De acordo com a chefe da Divisão de Educação Prisional do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Margarete Frota, o principal motivo das ausências é a progressão de regime dos detentos.

“Durante o período que compreende a inscrição até a aplicação das provas, muitos presos recebem o benefício da progressão de regime e saem das unidades prisionais, o que gera essa evasão”, disse.

Ela destacou que, durante a aplicação, todas as normas sanitárias foram obedecidas para resguardar a saúde dos reclusos diante da pandemia de Covid-19. “Tivemos a quantidade de presos reduzida nas salas de aplicação, justamente por conta dos protocolos de segurança, para garantir o distanciamento. A instituição responsável instruiu os aplicadores sobre como proceder e disponibilizou todos os EPIs necessários”, afirmou.

O presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, ressaltou que a possibilidade de os detentos fazerem as provas, mesmo dentro do cárcere, reafirma o trabalho de ressocialização promovido pela instituição. “Nós acreditamos que educação é uma importante ferramenta de transformação. Ela contribui para o processo de reinserção dessas pessoas à sociedade, para a redução da reincidência criminal e da exclusão social”, destacou.

Sobre o Enem PPL

O Enem PPL avalia o desempenho do participante que concluiu o ensino médio e, a partir de critérios utilizados pelo Ministério da Educação (MEC), permite o acesso ao ensino superior por meio de programas como Sisu, Prouni e Fies. Além disso, contribui para elevar a escolaridade da população prisional brasileira.

O exame é aplicado desde 2010 pelo Inep, em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

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