Técnicos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) começaram a percorrer as comunidades ribeirinhas contabilizando os prejuízos causados pela cheia que atinge a região do Alto Acre.
Usando um barco, durante duas horas, a equipe do órgão desceu o rio na cidade de Brasileia visitando produtores rurais ao longo das margens. A situação é crítica. A maior parte da produção agrícola foi completamente destruída pelas águas.
Na região visitada, cerca de 50 famílias de agricultores ribeirinhos já foram obrigadas a deixar suas casas. É o caso do produtor rural José Vieira, 58 anos, que perdeu toda a plantação de banana, milho e macaxeira. “Eu nunca imaginei que fosse ter uma alagação tão grande como a de 2012. E a deste ano é ainda maior. É muito triste ver tudo que plantamos destruído pela água”, afirma.
O governo do Estado já garantiu que não vai medir esforços para amenizar o sofrimento dos produtores rurais atingidos pela cheia. Técnicos vão continuar visitando as comunidades ribeirinhas com o objetivo de identificar os prejuízos de cada agricultor atingido pela cheia e definir a atuação do governo no apoio a esses produtores.
“Estamos trabalhando com o objetivo de diminuir o sofrimento dos ribeirinhos atingidos pela alagação. Uma das ações é sentar com a direção dos bancos e discutir a prorrogação no prazo de pagamento dos agricultores que fizeram financiamento”, destaca Idésio Franke, chefe da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Acre (Emater).