Produtores tem até o dia 31 de maio para vacinar o gado e manter o estado como Zona Livre da doença
O rebanho acreano é formado por mais de 2,5 milhões de cabeças e o estado é considerado Zona Livre de Aftosa desde 2005. Para manter essa importante classificação para o mercado de produtos bovinos do Acre, O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) informa que encerra dia 31 de maio a primeira etapa anual de vacinação do gado contra a Febre Aftosa. O Idaf autorizou as casas agropecuárias do estado a venderem a vacina contra a doença bovina para produtores desde a última sexta-feira de abril. Maio é o mês da primeira etapa da campanha de vacinação, a segunda acontece em novembro.
“É importante que o produtor fique ciente de seu dever e o cumpra”, conta Luiz Augusto do Valle, presidente do Idaf, “Vacine seu gado e comunique aos escritórios do Idaf que estão presentes em todos os municípios do Acre”. Para manter o status de Zona Livre, é necessário que a vacinação esteja em dia e que o produtor rural não deixe tudo para última hora.
Desde 1999 não é registrado nenhum caso de Febre Aftosa no estado. No ano passado, 96% do rebanho acreano foi vacinado. Continuar combatendo a Febre Aftosa no Acre é uma tarefa que exige logística. Por ser um Estado de fronteira com a Bolívia e o Peru, que não são zona livre, todo cuidado é necessário para que essa condição seja mantida e o mercado consumidor não seja afetado.
Luiz do Valle conta que o Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa começou em 1999 com o então governador Jorge Viana já atendendo uma reinvindicação da classe. Até então, o Acre era classificado como Zona de Risco Desconhecido, o que é muito pior do que as outras classificações de segurança. “O amplo esforço fez com quem em 2005 tivéssemos o reconhecimento do Ministério da Agricultura e da Organização Mundial de Saúde Animal, sediada em Paris, do Acre como Zona Livre de Febre Aftosa”, conta o presidente do Idaf.
Vale lembrar que em torno de 85% das propriedades no estado com criação bovina possuem no máximo 100 cabeças de gado. Luiz do Valle conta como isso valoriza o pequeno produtor e melhora a concorrência no mercado, já que 70% da carne bovina processada no Acre é para consumo externo e apenas 30% para consumo interno. Ter o Acre fora da Zona Livre de Aftosa causaria inúmeros problemas à exportação, mesmo porque, o mercado interno não tem capacidade de absorver toda a nossa produção.
Embora seja fundamental para garantir exportação de carne bovina, o status de Zona Livre serve para garantir que a população está consumindo carne de boa qualidade.
Assim, o principal papel do Idaf consiste em coordenar e fiscalizar a vacinação, mesmo que ela seja realizada pelo próprio produtor, para manter o Acre como Zona Livre de Aftosa. Ter menos de 90% de nosso gado vacinado já faz com o que o estado seja desclassificado como Zona Livre.