Empresários reconhecem Acre como região estratégica

A comitiva de empresários apresentou possibilidades de exportação para o Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Comitiva de empresários apresentou possibilidades de exportação para o Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Em reunião com o governador Tião Viana nesta quarta-feira, 13, empresários de logística apresentaram o interesse do ramo para realizar negócios no Acre. Visto como ponto estratégico no mercado internacional, o estado tem oferecido condições favoráveis e novas  oportunidades de negócios, como suinocultura, piscicultura e outras cadeias produtivas.

Em uma conversa sobre as atividades econômicas que podem ser executadas no Acre, o grupo mostrou interesse de avançar nos arranjos de negócios. “Estamos trazendo os investidores, com a expectativa de consolidar parcerias com o governo”, explicou Genivaldo Félix, presidente da Câmara de Negócios Nacionais e Internacionais da Logística (CNNI).

De acordo com o presidente, a CNNI assume um compromisso de trazer operações de investimentos para o Acre. “Estamos apresentando o nosso interesse logístico no Acre para comércio de exportação. Vamos trazer em torno de trinta empresas chinesas, que trabalham com a gente, para conhecer o estado”, evidenciou Félix.

A empresa de comércio internacional AZ Solutio está realizando um estudo das possibilidades logísticas do estado para apresentar e atrair investidores, pois acredita que o eixo Sul e Sudeste está esgotado. “O Acre é tido como a menina dos olhos do mundo. Está localizado em uma posição fantástica, com uma logística próxima de vários mercados”, argumenta André Prado, aduaneiro representante da AZ Solutio.

A distância geográfica encarece muito o “custo Brasil” (conjunto de burocracias e dificuldades para investimentos no país). O aduaneiro cita o exemplo do frete da China para o continente americano, que se for feito pelo Oceano Atlântico custa em torno 700 mil dólares/dia mais caro que pelo Pacífico. “O Acre é o primeiro ponto do Pacífico ligando o resto do Brasil”, complementa Prado.

O governador Tião Viana apresentou também as novas possibilidades de economia no estado: suinocultura, piscicultura e cadeias produtivas como açaí e látex. Explicitou números, como o do manejo sustentável de madeira: uma única empresa já movimenta R$ 280 milhões.

“A Dom Porquito, em Brasileia, já emprega quase 300 funcionários diretamente. Temos no estado uma nova técnica que já consegue criar 100 mil cabeças de gado em cinco mil hectares. Antes eram 100 mil em 80 mil hectares. Temos uma economia realmente sustentável”, disse Tião Viana.

“Chega de exportar só matérias-primas”, disse André ao ver os processos da indústria de suínos. O Peru tem um mercado consumidor de quase 100 mil pessoas, em que a carne preferida é a suína.

A comitiva de empresários segue para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Senador Guiomard, e para a indústria Dom Porquito.

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