Empresa utilizará tecnologia da Funtac na fabricação de cosméticos

Funtac e empresa de cosméticos assinam termo de transferência de tecnologia (Foto: Alexandre Noronha/Secom)
Funtac e empresa de cosméticos assinam termo de transferência de tecnologia (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Um ramo da economia brasileira que tem sentido em menor proporção os efeitos da crise é o chamado setor da beleza. Mesmo com as atuais dificuldades econômicas, a previsão para 2016 é de crescimento.

E o Acre não quer ficar de fora desse mercado tão rentável e cheio de possibilidades. Nesta terça-feira, 26, durante a quarta noite da Expoacre, a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) e a indústria Sabonetes da Amazônia assinaram um termo de transferência de tecnologia intelectual.

A empresa, que já existe há três anos, produz e distribui mini sabonetes para o setor hoteleiro, quer expandir sua produção e começar a fabricar xampus e condicionadores a partir de óleos extraídos de produtos naturais da Amazônia.

Açaí, murmuru, castanha do Brasil e buriti foram pesquisados pela Funtac e serão base de cosméticos (Foto: Alexandre Noronha/Secom)
Açaí, murmuru, castanha do Brasil e buriti foram pesquisados pela Funtac e serão base de cosméticos (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

“É uma forma de expandir o meu negócio e agregar valor aos produtos que fazemos. Hoje, realizo um sonho. Vamos comercializar nos supermercados e o acreano vai poder adquirir um produto fabricado no estado, da matéria prima à industrialização”, explica Renato Souza do Santos, proprietário da indústria.

Para conseguir entrar em um mercado cada vez mais competitivo, a indústria vai poder fazer uso do resultado de pesquisas realizadas ao longo dos últimos 20 anos pela Funtac.  São estudos que demonstram o aproveitamento de óleos de produtos naturais como açaí, buriti, murmuru e castanha do Brasil na fabricação de cosméticos.

Silvia Basso, diretora presidente da Funtac, explica que o termo representa um momento histórico para o setor de ciência e tecnologia no Acre. “Estamos próximos, pela primeira vez, de transformar um estudo nessa área em um produto a ser comercializado em larga escala e disponível para toda a sociedade”, afirma.

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