Desempenho da indústria acreana nos meses de março e abril mostra bom momento do setor produtivo
Com o início do verão amazônico, a indústria da construção civil acreana voltou a apresentar índices de crescimento no nível de emprego. Em abril, o emprego nesse importante segmento aumentou 10,62% em relação a março. Na indústria de transformação também observou-se crescimento no pessoal empregado, ou seja, 5,08% (março, comparado a fevereiro). Os dados foram divulgados nessa quinta-feira, 20, durante entrevista coletiva concedida pelo presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), João Francisco Salomão, juntamente com o Professor de Economia da UFAC, Carlos Estevão Castelo, que analisa as pesquisas.
O conjunto de pesquisas divulgadas nesta quinta-feira, 20, pela FIEAC, que compõem o Sistema de Informações para a Indústria, começam a sinalizar para um bom ano no segmento produtivo industrial do Estado. Além da elevação do índice de emprego no setor de construção e na indústria de transformação, também foram promissoras as vendas na indústria de transformação. Essa variável apresentou aumento de 4,4% em março, comparativamente a fevereiro.
Outra pesquisa importante divulgada foi a cesta básica da construção civil, composta de 17 itens escolhidos pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-AC). Os resultados apontaram para uma elevação de 1,67% no custo médio da cesta em abril, comparado a março (veja a relação no site www.fieac.org.br). "A cesta básica da construção civil é de grande utilidade para os empresários do setor e, principalmente para sociedade em geral, que pode fazer orçamentos a partir dos preços disponibilizados por essa pesquisa", ponderou Carlos Estevão.
CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO – Ainda que tenha sofrido uma queda de 5,6 pontos em relação ao mês de março, o Índice de Confiança do Empresário (Icei) continua na mesma via do bom momento da indústria acreana, com 61,9 pontos. Isso apesar dos problemas com a elevada carga tributária, apontada por 62,5% dos entrevistados, e com as taxas de juros elevadas, para 41,7% dos empresários. "De acordo com a metodologia, se a pontuação estiver abaixo de 50, o empresário não está confiante. No Acre, a pontuação continua bem acima disso", explicou o economista.
"Este ano está se desenhando como um dos melhores para a indústria acreana. O período de estiagem longo está possibilitando o andamento das obras, que são muitas, e, com isso, aquecendo toda a cadeia produtiva", avaliou Salomão.