Em Senador Guiomard, cerca de 300 pessoas passarão por cirurgias eletivas até dezembro

Sentada na cadeira, já tomando soro e se preparando para entrar no centro cirúrgico, junto com mais três pacientes, Francisca Paula Souza, de 55 anos, encerrou a espera de mais de dois anos por uma cirurgia.

“Já estava com mais de dois anos esperando na fila e esse é um momento que deixa a gente muito feliz”, comenta a paciente.

Cerca de 6 a 12 pacientes serão atendidos por dia, até dezembro. Foto: Junior Aguiar/Sesacre

O sentimento de Francisca Paula reflete o de cerca de 300 pacientes que serão atendidos pelo mutirão de cirurgias eletivas do Quinari, no município de Senador Guiomard,  que teve retorno na tarde desta terça-feira, 3. Após meses críticos de pandemia no estado, que serviram para a organização e aquisição de novos materiais e equipamentos, pacientes dos municípios do entorno também serão atendidos.

Por determinação do governador Gladson Cameli, para dar vazão às filas a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), empenhou esforço e dedicação das equipes para que as cirurgias eletivas retornassem com todo o gás, como explica o gerente-geral do Hospital Geral Dr. Ary Rodrigues, Igor Gomes.

“Mesmo com alguns profissionais afastados por fazerem parte do grupo de risco à Covid-19, as equipes foram sensíveis à necessidade do atendimento dessas pessoas. Nossa estrutura atende de 6 a 12 pacientes por dia”, destacou o gestor da unidade, Igor Gomes.

Profissionais preparam todo o material para dar início ao procedimento cirúrgico Foto: Junior Aguiar/Sesacre

São cerca de 60 procedimentos que ocorrem de segunda a sábado, de acordo com Igor Gomes. As áreas contempladas pelo mutirão são de cirurgia geral, como a retirada de hérnias, proctologia  e laqueadura.

As cirurgias foram suspensas em março, quando a pandemia da Covid-19 atingiu o Acre. Desde então, começou todo um processo de estratégia, organização e novas aquisições para serem empenhadas no retorno dos serviços.

“Com o início da pandemia tudo era novo e por isso foi necessária a suspensão desse serviço para observar como o vírus iria se comportar, como iríamos nos adequar à essa nova realidade, sem colocar nenhum paciente em risco de ser acometido pela Covid-19”, explicou a secretária-adjunta de assistência à Saúde, Paula Mariano.

Tudo foi devidamente estudado e traçado para que o retorno das cirurgias ocorressem. “Após a análise dos quadros e de como tudo está funcionando, decidimos retornar com os atendimentos, dentro das normas sanitárias para a segurança de todos, porque, além da Covid-19, existem outras áreas que precisam ser atendidas”, destacou Paula Mariano.

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