Em reunião com a ONU, governadores reforçam pedido de ajuda internacional contra a Covid-19

A tarde desta sexta-feira, 16, foi marcada por mais uma reunião do Fórum Nacional de Governadores, desta vez com a secretária-geral adjunta das Nações Unidas (ONU), Amina J. Mohammed, para um reforço do pedido de ajuda internacional em medicamentos e vacinas contra a Covid-19 para o Brasil no momento em que o país ainda vive o pior momento da pandemia. 

O governador Gladson Cameli participou do encontro virtual, onde foi entregue uma carta a secretária da ONU com um pedido de ajuda humanitária ao Brasil. 

Gladson Cameli participou do encontro entre governadores brasileiros e a secretária-geral adjunta da ONU Foto: Diego Gurgel/Secom

Segundo o governador do Piauí e presidente do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias, a dificuldade no país para avançar na vacinação contra a Covid-19 e o índice elevado de mortes provocadas pela doença tem tornado o Brasil no epicentro da pandemia no mundo, sendo o país de maior risco na propagação de variantes do novo coronavírus. Além disso, apresenta colapso na rede hospitalar, com falta de oxigênio, medicamentos e insumos em muitas regiões de saúde.

Na carta entregue a ONU, os governadores pedem garantia de envio de 9,1 milhões de doses de imunizantes pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Cita 11 milhões de doses da vacina Astrazeneca que deveriam ter sido entregues em janeiro e pedem previsão para entrega de 11 milhões de doses desta mesma vacina pelo Instituto Serum da Índia.

Consta também na carta um pedido de permissão ao governo estadunidense para o Brasil comprar ou receber como empréstimo, para posterior devolução em vacinas, de 10 milhões de doses da Astrazeneca (EUA). Requer ainda a antecipação de IFAs (insumo farmacêutico ativo) em entrega extra para este mês de abril, suficientes para produção de 15 milhões de doses de imunizantes pelo Instituto Butantan, evitando falta de vacina para segunda dose neste mês no Brasil.

A secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohammed, destacou que a Organização já ajuda o país, mas com as atenções do mundo voltadas ao Brasil devido a pandemia, isso deve se intensificar. 

“A ONU também está fortemente comprometida com a solidariedade e aumento da cooperação internacional para garantir uma distribuição justa e eficaz das vacinas em todo o mundo, inclusive no Brasil. De modo geral, alcançamos os principais países fabricantes de vacinas para descobrir ações que possam ser feitas para apoiar esse acesso equitativo e justo”, destacou Amina. 

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