Em meio a enchente histórica, governo mobiliza equipes e realiza logística de transporte de paciente com infarto agudo do miocárdio em Brasileia

O governo do Acre, por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros (CBMAC), realizou uma operação de transporte complexa, no fim da tarde desta quarta-feira, 28, para garantir o atendimento adequado a um paciente de 19 anos que deu entrada no Hospital de Brasileia, queixando-se de dor no peito. Com rio acima dos 15,55m, o município já registra a maior enchente da história.

Após ser avaliado e diagnosticado com infarto agudo do miocárdio (IAM), o paciente precisou ser transferido para Rio Branco, que é a referência para a alta complexidade em cardiologia no estado. A logística envolveu transporte via barco até a ambulância em Epitaciolândia, que seguiu para a capital.

Devido às condições da enchente que afeta diversas cidades acreanas, incluindo Brasileia e Epitaciolândia, onde as águas do Rio Acre atingiram 15,54 metros, obrigando mais de 11,2 mil pessoas a deixarem suas casas, a operação de transporte do paciente foi ainda mais desafiadora.

Após o diagnóstico por telemedicina, o paciente teve que ser transferido para Rio Branco. Foto: cedida

Segundo o coordenador da Regional de Saúde do Alto Acre, Pablo Araújo, o paciente foi submetido a avaliação por telemedicina, em que um cardiologista avaliou o eletrocardiograma, diagnosticando o infarto.

“O médico regulou via Samu, foi autorizada a transferência, a ambulância levou até a beira do rio, pois criaram um porto provisório lá. A gente acionou a Defesa Civil, que providenciou o transporte fluvial. Após isso, colocamos o paciente no barco, transportamos até Epitaciolândia, tinha outra ambulância lá aguardando para fazer o transporte. Foi uma logística avançada, com médico e enfermeiro até Rio Branco”, explicou Araújo.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, a operação destaca não apenas a capacidade de resposta das equipes. “A atuação integrada das autoridades e profissionais de saúde foi essencial para garantir que o paciente recebesse o tratamento necessário em tempo hábil, mesmo diante das dificuldades causadas pela enchente”, avaliou.

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