Em intercâmbio técnico da GCF, Acre apresenta propostas para elaboração de projeto voltado para economia florestal

Gestores, lideranças indígenas e da sociedade civil da Bolívia, Peru, México, Colombia e Brasil (Acre) participaram nesta sexta-feira, 26, do Grupo de Trabalho(GT) sobre a abordagem transfronteiriça (Madre de Dios-Acre-Pando), no intercâmbio técnico da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Floresta (GCF), em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

O objetivo do GT é propor ações, com base nas sugestões dos membros e demais participantes, que servirá de base para elaboração de um projeto com foco na nova economia de base florestal.

Acre apresenta propostas para  elaboração de projeto voltado para economia florestal. Foto: Ângela Rodrigues/IMC

A presidente do Comitê Regional para Parcerias com Povos Indígenas e Populações Tradicionais do GCF no Brasil e secretária de Estado dos Povos Indígenas do Acre, Francisca Arara, e a diretora executiva do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais (IMC), Jaksilande Araújo, participaram do GT conduzido pelo coordenador da GCF no Brasil, Carlos Aragon.

Em um amplo debate, os representantes puderam socializar os desafios enfrentados em cada jurisdição e realizaram contribuições importantes, a partir das particularidades do seu Estado, de suas suas experiências e necessidades.

Grupo de Trabalho (GT) sobre a abordagem transfronteiriça (Madre de Dios-Acre-Pando). Foto: Ângela Rodrigues/IMC

“Neste encontro pudemos realizar contribuições importantes,  uma vez que o Estado do Acre possui uma política ambiental avançada, que é o Sisa com suas instâncias de governanças ativas. Isso mostra o compromisso do governo em cumprir com os compromissos já assumidos, e também com respeito aos princípios, as salvaguardas e o direito dos povos indígenas e demais beneficiários”, ressalta Jaksilande Araújo.

As  propostas apresentadas pela gestoras foram voltadas às necessidades sociais e econômicas da região com  ações necessárias para enfrentar os desafios da região fronteiriça no combate e redução do desmatamento e propondo meios de implementação, incluindo financiamento e apoio.

“Buscamos um consenso entre Acre, Brasil, Bolívia e Peru, que é o transfronterismo. Precisamos estar mais alinhados com a participação dos governos, da sociedade civil, povos indígenas para que possamos  atuar, de forma integrada, para combater o desmatamento nos três países e identificar alternativas que promovam uma economia florestal com respeito às particularidades de cada um [país], a partir das experiências que compartilhamos  aqui”, reforçou Francisca Arara.

Secretária de Povos Indígenas destacou a importância da cooperação entre os países. Foto: Ângela Rodrigues/IMC

Na oportunidade, a secretária de Meio Ambiente do Acre, Julie Messias, acompanhada do diretor de Meio Ambiente, André Pelliccioti, realizou a apresentação do Plano de Prevenção, Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC).

Ao detalhar os principais eixos do PPCDQ, a gestora destacou os esforços do governo do Acre no combate ao desmatamento e desenvolvimento de uma economia florestal.

Saiba mais

O PPCDQ Acre tem como objetivo garantir ações eficazes de fiscalização e combate aos ilícitos ambientais, e reúne uma série de diretrizes que norteiam estratégias, metas e ações para redução do desmatamento e a degradação ambiental, a conservação da biodiversidade e incentivo aos serviços ambientais. A cada quatro anos, o plano passa por atualização com a participação e contribuição da sociedade civil organizada, povos indígenas, organizações não governamentais (ONGs), órgãos e instituições que compõem o Comitê Gestor Interinstitucional e também do Governo Federal.

O PPCDQ Acre tem como objetivo garantir ações eficazes de fiscalização e combate aos ilícitos ambientais. Foto: Ângela Rodrigues/IMC

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter