Cerimônia será realizada nesta sexta-feira, em frente ao quartel da PM. Investimentos em melhoria da segurança já somam mais de R$ 15 milhões em dois anos
O Governo do Acre entrega nesta sexta-feira, às 8 horas, em cerimônia oficial no quartel de Comando-Geral da Polícia Militar, onze barcos e lanchas para policiamento fluvial integrado nos vales do Alto Acre, Purus e Juruá, com atuação de agentes civis, militares e bombeiros. Estarão sendo entregues também novas viaturas para as polícias, incluindo camionetas e motocicletas.
Apenas com essa demanda, que consta de aquisição e adaptação dos veículos, o investimento do Estado é de R$ 1,1 milhão. Somando-se os investimentos dos dois últimos anos, o sistema de segurança pública do Acre recebeu R$ 15.096.927,51, levando-se em conta os recursos obtidos junto ao Ministério da Justiça, BNDES e Tesouro Estadual.
"Não se faz segurança pública sem investimentos, e eles estão sendo feitos. Temos investido muito em equipamentos e recursos humanos", disse a secretária de Segurança, Márcia Regina, durante entrevista ao programa Gente em Debate, da Rádio Difusora Acreana.
Márcia Regina participou do programa acompanhada do secretário de Estado da Polícia Civil, Emylson Farias, e do comandante-geral da PM, coronel Romário Célio. Além da entrega de veículos, o Governo do Acre realiza, na mesma cerimônia, a graduação de 211 terceiros-sargentos, os quais passarão a segundos-sargentos. Para Romário Célio, as promoções representam qualificação, valorização do profissional e, como consequência, melhor prestação do serviço policial à comunidade.
Os 211 novos segundos-sargentos são da capital e do interior e sua graduação foi possibilitada pela aprovação de uma lei no fim do ano passado, com a redução do interstício – o tempo de ocupação de um determinado posto. O grupo passou por curso de qualificação no Centro Integrado de Estudos em Segurança Pública (Ciesp) Francisco Mangabeira, localizado no antigo Centro Administrativo do Estado, unidade responsável pela formação de policiais civis, militares, bombeiros e agentes penitenciários com a nova concepção de enfrentamento à violência – a territorialização das operações. "Nós estamos desde 2007 com uma nova forma de atuar na segurança, que a partir do território, do olhar focado numa determinada região, temos estratégias integradas", explicou Márcia Regina. Ela lembrou ainda que a partir do segundo semestre do ano, o Pelotão de Fronteira começa a atuar de modo ostensivo com a Polícia Federal. A unidade contará com 46 integrantes das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, elevando a proteção na região de fronteira do Acre com o Peru e a Bolívia, coibindo a entrada de drogas em território brasileiro.
{xtypo_quote_right}Não se faz segurança pública sem investimentos e eles estão sendo feitos. Temos investido muito em equipamentos e recursos humanos.
Márcia Regina, Secretária de Segurança Pública do Acre {/xtypo_quote_right} Casos complexos – O delegado Emylson Farias reafirmou o compromisso do sistema de segurança do Acre em esclarecer crimes recentes, como o caso do jovem Fabrício, do agente penitenciário Roney Vidal e do vereador Pinté, de Acrelândia. "No Caso Fabrício foram presas 13 pessoas e o trabalho da polícia continua. Nos casos do agente e do vereador, daremos as respostas dentro do prazo da lei", disse o secretário. "O caso Fabrício é de uma complexidade ímpar", observou.
Emylson Farias citou as últimas ações da polícia estadual na desarticulação de quadrilhas criminosas, como a Operação Divisor, que prendeu 28 pessoas na região de Cruzeiro do Sul, para ressaltar o trabalho de integração e inteligência desenvolvido pelo sistema de segurança pública – e para deixar claro que os tempos mudaram, o mundo está globalizado, o Brasil avançou economicamente, e a criminalidade é hoje muito mais complexa. "Nossa polícia mudou completamente a maneira de agir", disse o delegado, citando que entre os assaltantes da agência do Banco do Brasil de Feijó havia pessoas de outros Estados na quadrilha. O coronel Romário Célio completou: "não podemos nos basear no passado para resolver problemas de agora".
Territórios, Proerd e concurso- A integração do sistema e o advento das regionais de segurança (são cinco em Rio Branco e cinco no interior) reduziu o tempo de resposta para chamadas ao 190, o telefone de emergência da PM, informou o coronel Romário Célio. "Cada regional tem no mínimo cinco viaturas, além de motocicletas", disse. Márcia Regina complementou informando que o 190 dobrou sua capacidade de atendimento mas os trotes ainda são grande problema. A secretária pediu apoio das famílias para conscientizar as crianças a evitar trotes porque causa graves prejuízos à sociedade.
A PM mantém o Programa de Erradicação das Drogas (Proerd) que atua nas escolas de todo o Estado e tem obtido resultados muito importantes na prevenção ao contato com entorpecentes.
Márcia Regina anunciou a abertura de concurso para policiais civis. O lançamento do edital está previsto para o próximo mês.
Confira a entrevista da secretária de segurança Márcia Regina:
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