No mês em que o mundo é colorido de rosa em prol da conscientização e detecção precoce do câncer de mama, o Núcleo da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) realizou na manhã de quinta-feira, 29, no município de Cruzeiro do Sul, uma programação alusiva ao Outubro Rosa. A campanha trouxe como tema “Declare seu amor por você”.
Dentro da programação foram realizados informativos jurídicos sobre as leis que amparam o servidor público diante de situações de enfermidade, palestras com orientações sobre como fazer o autoexame, informações relevantes para a prevenção do câncer de mama, do colo do útero e sobre saúde mental, com a equipe de enfermeira e psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde, que disponibilizaram requisição de exames para mamografia e Papanicolau.
De acordo com a coordenadora do núcleo, professora Ruth Bernardino, a ação fez um convite não só para o autocuidado, mas também para o cuidado com o outro diante do câncer de mama.
“Pensamos em realizar um dia em que nossas servidoras pudessem receber informações, visando conscientizá-las sobre a importância de fazer mensalmente o autoexame das mamas, e anualmente agendar uma consulta médica para que o profissional de saúde possa solicitar os exames e detectar precocemente a doença, pois assim as chances de cura são muito elevadas. ”, ressaltou Ruth Bernardino.
Para a servidora Cátia Silene Magalhães, foi uma manhã de reflexão sobre a importância da prevenção e da qualidade de vida das mulheres.
“Nós, enquanto mulheres, devemos estar preocupadas com a prevenção e os cuidados com nossa saúde, principalmente com câncer de mama e do colo de útero. A Secretaria de educação, por meio do Núcleo, está sempre preocupada em realizar momentos para partilharmos informações, envolvendo a comunidade em geral”, frisou Cátia.
A programação seguiu as orientações de saúde por conta da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. Assim, para evitar aglomeração dos 262 profissionais estaduais da educação, a ação aconteceu em dois ambientes: No Núcleo da SEE/CZS para os servidores dos setores internos, e no Centro de Educação Permanente (CEDUP) – polo UAB/CZS, para os servidores dos setores externos.
Ao final do evento foi apresentado um vídeo com depoimentos de servidoras da educação e da saúde, que puderam falar sobre as experiências vivida com a doença. Também foi montado o coral do Núcleo para apresentação musical.
Sobre o Câncer de mama
O câncer de mama é segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 20,9% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino ou 29,7%, excetuando-se o câncer de pele não melanoma.
A prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso corporal adequado, estão associadas a menor risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.
Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.
Além de estarem atentas ao próprio corpo, mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo.