Em Cruzeiro do Sul, Dia do Surdo é comemorado com programação especial

Atividades culturais e esportivas e minicursos de Libras serão oferecidos aos surdos e comunidade escolar

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Na abertura do evento, alunos surdos se apresentam com dança e música (Foto: Onofre Brito/Secom)

A Secretaria de Estado de Educação, através do Núcleo de Apoio Pedagógico à Inclusão (NAPI), com objetivo de divulgar o Dia do Surdo, ocorrido no dia 26, organizou uma série de atividades para esta semana visando conscientizar a comunidade escolar da importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e também oferecer aos surdos práticas esportivas e recreativas.

Na manhã desta terça-feira, no auditório da Secretaria de Educação, aconteceu a abertura das atividades com apresentações de teatro e dança por parte de alunos surdos, seguindo-se duas palestras: a primeira, com o tema ‘Conhecendo a Língua Brasileira de Sinais’, foi proferida pela professora da Ufac Ivanete Cerqueira, e a segunda, ‘Causas da Surdez e Prevenção’, foi proferida por Maria José de Oliveira Lima, fonoaudióloga do NAPI.

Hoje, na parte da tarde, começam as inscrições para os minicursos de Libras, que vão acontecer de 29 de setembro até 1º de outubro, com carga horária de 20 horas, de manhã, à tarde e à noite. Os cursos estão sob a responsabilidade das formadoras Roseane Silva Costa e Maria Arlete Costa Damasceno e dos instrutores surdos Regina Gonçalves Gomes e Silvânio de Souza Silva.  Serão disponibilizadas 40 vagas para os interessados.

No fechamento da programação, dia 2 de outubro, durante a manhã estão previstas atividades esportivas com disputas de futsal e vôlei, além de uma gincana cultural na quadra da Escola São José e à tarde uma confraternização no balneário do Evanildo marcará o encerramento da Semana do Surdo.

Coordenadora do NAPI, Maria Aldenora dos Santos Lima conta que há 36 alunos surdos estudando na rede estadual de ensino em Cruzeiro do Sul. A educação inclusiva – ela informa – tem avançado desde 2006, não só com surdos, mas com toda a gama de diversidade, com alunos cegos estudando na rede estadual, alunos com outros transtornos e deficiência mental. "Para nós é uma alegria trabalhar com eles, porque fazem parte da sociedade e assim podem exercer sua cidadania, junto com os demais alunos. Eles tem habilidade para vencer na vida. Já temos surdos trabalhando na rede como instrutores, a sociedade só tem a ganhar", afirmou. Maria Aldenora agradeceu às escolas que vêm se esforçando para garantir a inclusão dos alunos especiais.

A professora Ivanete Cerqueira mostrou porque do ponto de vista da Linguística, a Libras é de fato uma língua. Segundo ela, tudo que a gente recebe é através de uma língua e no caso dos surdos como eles não tem resposta isso vem a diminuir sua capacidade cognitiva. Daí a importância da Libras: "O surdo em nada é diferente se ele tem acesso a uma língua; isto mostra que o desenvolvimento cognitivo de uma criança surda só é afetado se ele não tem direito à escola", disse.

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