Os indicadores da Indústria de Transformação do Acre começam a se destacar em 2008. As vendas reais, por exemplo, cresceram 15,56% em abril, comparativamente ao mês anterior. No acumulado dos últimos 13 meses, o crescimento já alcança 31,18%. O significativo valor observado em abril, deve-se, principalmente, ao incremento real nas vendas do setor de produtos alimentares e, ainda, ao crescimento do Emprego na Indústria da Construção Civil (11,22% em abril e 20,11% em maio de 2008). Historicamente, a construção civil acreana, quando dinamizada, impacta positivamente as vendas na indústria de transformação.
Com relação ao emprego na indústria de transformação, o crescimento observado em abril foi de 0,46%, no acumulado dos últimos 13 meses, o crescimento foi de 1,88%. Vale observar que o percentual não tão expressivo no emprego pode ser explicado pela redução da ociosidade das indústrias.
Em março de 2007 a utilização média da capacidade instalada era de 56,95%, já em abril de 2008 a média alcança 91,48%, ou seja, as empresas estão ampliando a produção utilizando suas capacidades ociosas. Como a utilização da capacidade já se aproxima do limite, é bastante provável que novos investimentos em capital fixo aconteçam, ampliando, por conseqüência, a oferta de empregos.
O emprego na construção civil, como apontado, cresceu 20,11% em maio 2008, reforçando as previsões realizadas no final de 2007 que apontavam para uma média mês de 10.000 empregos diretos neste setor. Somente a amostra pesquisada pela FIEAC já está empregando mais de 3.000 pessoas diretamente, extrapolando esse número para o universo de empresas acreanas, é bem provável que a média já esteja perto de 6.000 empregos diretos.
Esse incremento no emprego na Construção Civil é reflexo da intensificação do volume de obras no Estado, o que aumenta a demanda por insumos e, também, os preços dos materiais. Em maio de 2008, observou-se um aumento médio de 5,77% nos preços da cesta básica de matérias de construção definida pelo Sinduscon/AC.