Educação qualifica voluntários para alfabetização de jovens e adultos

Cerca de 60 profissionais estarão atuando na zona urbana e rural expandindo conhecimento

 

cada_voluntario_alfabetiza_cerca_de_15_pessoas.jpg

Cada voluntário é responsável pela alfabetização de 15 pessoas (Foto: Assessoria/SEE)

Agricultores rurais, professores aposentados, acadêmicos dos cursos de pedagogia e estudantes do ensino médio, se uniram para ajudar pessoas que não tiveram oportunidades de ter acesso à educação ou até chegaram a estudar, mas por diversos motivos não foram alfabetizados. Como auxílio para a prática pedagógica dos voluntários, a Secretaria de Estado de Educação está oferecendo uma capacitação que contempla metodologias eficazes de alfabetização, que valorizam as experiências de vida do aluno, incentivando a importância do ato de ler e escrever.

A capacitação está trabalhando planejamento pedagógico, dinâmicas, e lei de diretrizes e bases da educação. "Um dos maiores desafios que temos é garantir que todos tenham a oportunidade de ser inseridos no mundo da leitura e escrita, por isso estamos trabalhando a importância do ato de ler e escrever, orientando estes profissionais no planejamento das aulas", explica a coordenadora pedagógica do Mova/Alfa100, Jocileide Magalhães.

Segundo a professora de matemática, Creusa Crispim, a qualificação é uma grande ajuda para estas pessoas que acreditam que a educação transforma o mundo. "Desde que me aposentei busquei ajudar a quem não teve as mesmas oportunidades que tive. Educar é um prazer porque acredito que esse é o caminho para a formação integral das pessoas e de democratizar o acesso ao conhecimento", expressa Creusa, que trabalhou durante 32 anos no ensino regular e há quatro anos, aposentada, ensina crianças e adultos na Comunidade Menino Jesus no bairro Nova Estação.

 

maria_das_graas_alm_de_educar_seus_filhos_ainda_encontra_tempo_para_alfabetizar_moradores_do_km-140_da_transacreana.jpg

maria_das_graas_alm_de_educar_seus_filhos_ainda_encontra_tempo_para_alfabetizar_moradores_do_km-140_da_transacreana.jpg

 

Para a agricultora Maria das Graças, de 25 anos, este é um trabalho que oportuniza além do conhecimento, a auto-estima de seus vizinhos. "Assim que comecei a estudar me surgiu o interesse em ajudar meus vizinhos que não sabiam ler e escrever. Trabalho o dia todo, mas no horário de meio dia, ensino meus amigos, principalmente, a não desistirem de seus sonhos", comenta Maria, que é mãe de família e educadora.

Durante oito meses, pessoas das áreas rurais e urbanas estarão sendo alfabetizados, através do Movimento de Alfabetização do Acre (Mova/Alfa100). Os espaços de aprendizagem são os mais diferenciados, vão desde escolas até igrejas, associações de bairros, instituições públicas e até residência dos educadores, desde que apresentem condições adequadas de trabalho.

 

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter