Educação registra ano desafiador, mas também de muitas realizações

O mundo não será o mesmo em 2021. Esta é a frase que todo mundo ouve, a toda hora, por causa da pandemia de Covid-19. Para a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE), o grande desafio foi manter estudando, em regime de ensino a distância, os seus mais de 160 mil alunos, segundo os números do Censo Escolar 2020.

Em tempo de pandemia, professor Carlos Lima prepara videoaula com o tema Consciência Negra, no estúdio do programa Escola em Casa.  Foto: Mardilson Gomes/SEE

Pelo rádio, nos aplicativos de comunicação via celular, caminhando horas a fio nos ramais de difícil acesso ou por meio das videoaulas dos programas formatados pelos times de educadores de excelência, a verdade é que o Estado do Acre foi um dos únicos do país a não permitir que a pandemia provocasse uma evasão escolar em massa, com o fechamento das salas de aulas.

Governador Gladson Cameli posa para a foto com estudantes, durante a abertura do ano letivo 2020.  Foto: Diego Gurgel/Secom

E mesmo com todos esses desafios de interação dos professores com a comunidade escolar, o governo do Estado, por meio da SEE, bateu um bolão no campo da educação, como, por exemplo, quando deu ênfase na ampliação do acesso à internet às escolas rurais ou quando entregou obras de revitalização dos espaços físicos.

Estudante passa por avaliação em consulta oftalmológica, que ajuda a melhorar o desempenho escolar. Foto: Mardilson Gomes/Secom

Material didático e mobiliários novos foram distribuídos, assim como também promovidos projetos de saúde a estudantes e seus familiares, como é o caso dos programas Olhar Digital e Sorriso Feliz. Iniciados ainda em outubro de 2019, esses dois projetos deverão voltar com força total em 2021, tão logo a vacina de imunização para o coronavírus assegure o retorno à escola.

Professores recebem insumos das mãos do secretário de Educação, Mauro Sérgio Cruz, em escola rural de Capixaba: valorização da docência.  Foto: Mardilson Gomes/SEE

Numa das maiores pastas do governo do Estado do Acre, cuja engrenagem tem 16 mil educadores e técnicos, em 625 instituições escolares, a dedicação para formar crianças, jovens e adultos para a cidadania não foi derrotada pela pandemia. Ao contrário, segue cada vez mais forte, sob a liderança do secretário Mauro Sérgio Cruz.

Estudantes com uniformes novos doados pelo governo celebram o início do ano letivo, antes da pandemia. Foto: Neto Lucena/Secom

Confira abaixo sobre o que tem sido feito na Educação, por meio da administração do governador Gladson Cameli

 

Estudante da Escola Frei Turrini, na Cidade do Povo, exibe orgulhoso o uniforme novo durante abertura do ano letivo, antes da pandemia. Foto: Neto Lucena/Secom

Uniformes novos e mais uma merenda

Recebido com bastante entusiasmo pelos alunos da Escola Frei Heitor Turrini, na Cidade do Povo, o governador Gladson Cameli abria oficialmente o ano letivo de 2020 no dia 10 de fevereiro, portanto, antes das primeiras contaminações pelo coronavírus.

Governador Gladson Cameli cumprimenta estudantes, em cerimônia que abriu o ano letivo antes da pandemia, na Cidade do Povo. Foto: Neto Lucena/Secom

Na ocasião, ao lado do secretário de Educação, Mauro Sérgio da Cruz, Cameli anunciava a distribuição de uniforme gratuito para os 160 mil estudantes. As escolas fizeram um levantamento completo sobre os tamanhos utilizados pelos adolescentes para que as medidas fossem enviadas e confeccionadas pelas malharias. Cerca de R$ 20 milhões foram investidos pelo governo do Estado.

Estudantes durante a refeição; merenda extra voltará ao cardápio tão logo a pandemia seja controlada. Foto: Neto Lucena/Secom

A pedido do próprio governador Gladson Cameli, os alunos da rede estadual de ensino começaram também a receber uma terceira merenda escolar, próximo dos horários de saída da escola e troca de turnos. Somente com alimentação, o investimento por parte do governo é de R$ 100 milhões. Essas ações, no entanto, foram interrompidas com o fechamento das escolas na pandemia. Mas retornará em 2021, tão logo a vacina esteja disponível.

Trabalhadora da Escola Frei Heitor Turrini acaba de preparar a merenda escola, em cerimônia de abertura do ano letivo na Cidade do Povo, antes da pandemia. Foto: Neto Lucena/Secom

191 escolas reformadas

Pelo menos 191 escolas passaram por reformas e outros tipos de revitalizações durante o período da pandemia de Covid-19. A ação seguiu em ritmo acelerado, com o objetivo de preparar as instituições para o retorno às aulas, quando for seguro. Só em Rio Branco foram 76 escolas atendidas; em Cruzeiro do Sul, 26; Sena Madureira, 14; Tarauacá, 11; Mâncio Lima, 7; Feijó, 7; Rodrigues Alves, 6; Acrelândia, 4 escolas indígenas, de modo que todos os municípios têm escolas em reforma ou serviços de manutenção.

Equipe da SEE e do Núcleo da Educação do Bujari percorre obra de calçamento do ramal, em frente à escola rural no Espinhara: valorização dos estudantes e professores. Foto: Mardilson Gomes/SEE

“Sabemos que um local mais humanizado, climatizado, com estruturas amplas, escolas pintadas e ambiente bonito é mais acolhedor, o aluno começa a valorizar mais a escola e permanece nela, e é isso que queremos. Além de ter o aluno na escola, com o trabalho que desenvolvemos na área de ensino, queremos melhorar também o desempenho escolar desses estudantes. Essa é a nossa meta”, declarou, em novembro, o secretário Mauro Sérgio Cruz.

Comunidade escolar do Projeto de Assentamento Espinhara 2 comemora a chegada das obras de revitalização da escola Nova Vida, na zona rural do Bujari. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Mais ônibus escolares

Comunidade rural de Porto Acre ganhou sete novos ônibus escolares Foto: Diego Gurgel/Secom

Sete novos ônibus escolares para operar em terrenos adversos foram entregues em novembro, comprados por meio de recursos de emendas de bancada. Os veículos fizeram parte de um lote de 17, dos quais 10 chegarão nos primeiros meses de 2021, de um total de 120 ônibus.

Governador Gladson Cameli em solenidade de entrega de ônibus escolares; na ocasião, ele anunciou novas máquinas para recuperar ramais e construir novos. Foto: Diego Gurgel/Secom

No dia 9 de novembro, o governador Gladson Cameli entregou os primeiros ônibus para o município de Porto Acre, para as rotas dos ramais no entorno da Vila do V e da Vila do Incra. Ambas as comunidades estão localizadas no km 43, metade do trajeto entre a capital e a sede municipal de Porto Acre.

Novas escolas indígenas e rurais

Projeto de escola indígena contemplará comunidades no meio da floresta com ambiente moderno e agradável destinado a professores e estudantes. Imagem: concepção artística/Sedur

Escolas rurais e indígenas autossustentáveis foram garantidas para o Acre, pelo Ministério da Educação e Cultura, em Brasília. O apoio do governo federal para a construção se dará por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Ministério da Educação, em 2021.

Escola Nova Vida, na zona rural do Bujari, antes era composta apenas de um vão de madeira, mas no primeiro ano do governo Gladson Cameli uma ampliação foi realizada. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Em outubro, o secretário Mauro Sérgio apresentou o planejamento arquitetônico para as obras, já produzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Regional, com base em conceitos como adaptabilidade, funcionalidade, tecnologia, versatilidade e viabilidade ecológica.

Programa Escola Conectada

Foram licitados 700 kits de apoio educacional com 20 chromebooks cada, além de um par de óculos de realidade virtual. Foto: Divulgação

Numa ação totalmente inédita em nível nacional, até 2021, 100% de todas as escolas do Estado que não possuem acesso à internet serão beneficiadas pelo programa Escola Conectada. O governo do Estado do Acre, por meio da SEE, vai oferecer banda larga de até 20 mega, numa plataforma que figura entre as mais modernas que existem. Para isso, foram licitados 700 kits de apoio educacional com 20 chromebooks cada, além de um óculos de realidade virtual. O projeto ainda contempla kits de placas fotovoltaicas de captação de energia limpa, do tipo solar, para as escolas que não têm energia elétrica. Cerca de 50 mil alunos serão atendidos com esse projeto.

Olhar Digital e Sorriso Feliz

O programa Olhar Digital, do governo do Estado do Acre, por meio da SEE, foi lançado no dia 21 de outubro na Fundação Hospitalar do Estado do Acre, sob a supervisão da equipe do médico Eduardo Veloso. Depois disso, uma série de edições foi realizada para cuidar da saúde dos olhos dos estudantes da rede pública.

Estudante é submetida a exame ocular como resultado de parceria da clínica Hospital de Olhos e a SEE. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Já o projeto Sorriso Feliz oferece até tratamento de canal, quando necessário. “O Sorriso Feliz faz com que os alunos tenham a possibilidade de frequentar o dentista e o Olhar Digital ajuda a melhorar o desempenho em sala de aula”, ressalta Mauro Sérgio Cruz.

Estudante passa por tratamento de canal no projeto Sorriso Feliz, tratamento especial também é oferecido, quando necessário. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Estão incluídos no Sorriso Feliz procedimentos como obturação, restauração, tratamento de canal e, em casos mais específicos, o governo realiza a doação de aparelhos ortodônticos.

Vitória no Ideb 2020

Um dos êxitos obtidos em 2020 é o de que, pelo segundo ano consecutivo, o Acre manteve-se em primeiro lugar na região Norte no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), nas séries iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano).

Técnicos do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), anunciando os índices do Ideb 2019. Foto: Comunicação/MEC

A cada dois anos, o Ideb serve de termômetro para medir as boas práticas escolares em todo o país. Os números, em especial, são referentes à rede pública estadual de ensino.

Atividade em escola rural da Estrada Transacreana, antes da pandemia. Foto: Mardilson Gomes/SEE

De 2017 para 2019, o salto do Acre nas séries iniciais foi de 1,6%. Ainda nessa modalidade, o índice mostrou, por exemplo, que de um ranking de zero a 7, o estado obteve índice de 6,2, ficando à frente de todos os demais estados da Amazônia Legal. Em segundo lugar vêm o Amazonas e o Tocantins, com 5,8. Rondônia ficou em terceiro, com 5,7; e o Pará, na quarta posição, com 5,0; seguido do Amapá, na última colocação, com 4,8.

Sala de aula antes da pandemia de uma escola da rede pública estadual em Rio Branco. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Na ocasião, o secretário Mauro Cruz recebeu com entusiasmo os resultados. “Nós trabalhamos sempre para obter a melhor nota. Estamos focando na necessidade de melhorar o Ideb, e isso só nos motiva a trabalhar mais ainda, entendendo que é preciso avançar mais por uma educação de qualidade”.

No ensino médio, o Acre é o 5º mais bem posicionado do Norte e Nordeste, com alta de 2,57%, entre 2017 e 2019. O quinto lugar no Ideb conferiu ao estado um índice de 3,74, dos 16 estados avaliados. O Acre ficou atrás de Pernambuco, Ceará, Rondônia e do Tocantins, num índice de zero a 4,50.

Formação do Novo Currículo para professores

A implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que em 2020 passou a valer em todas as escolas do Acre, foi tema de inúmeras formações destinadas a professores, entre eles, os que trabalham nos municípios do Vale do Juruá. O público da capacitação é composto de professores, coordenadores pedagógicos, coordenadores de ensino e representantes dos núcleos das secretarias estadual e municipal de Educação que atuam diretamente com a formação de professores ou com acompanhamento pedagógico escolar. Os profissionais envolvidos na formação foram multiplicadores, e por isso repassaram todo o conteúdo aos demais professores das escolas das redes de ensino.

Formação realizada em Cruzeiro do Sul, com participantes de Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Mâncio Lima, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul. Foto: Onofre Brito/Secom

A BNCC é um documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver, desde a educação infantil até o ensino médio, e tem o objetivo de promover a igualdade da grade curricular brasileira, garantindo aos alunos acesso ao mesmo conteúdo em toda e qualquer escola do país.

Kits escolares e mobiliários

Mais de 4 mil kits escolares já foram distribuídos na rede pública de ensino, somente neste segundo semestre de 2020. Os kits contêm réguas, lápis, canetas, cadernos e muitos outros materiais escolares, e fazem parte do programa de valorização das escolas do interior, iniciada pela SEE já no primeiro ano de gestão do governador Gladson Cameli, e que estabelece como prioridade o suporte irrestrito da pasta aos educadores e alunos de toda a zona rural do estado. O objetivo é o de que a escola rural passe por profundas transformações nos moldes daquelas da zona urbana, até o fim do governo.

Na Escola Ariston Ferreira Cunha, na zona rural de Capixaba, zeladoras limpam mobiliário novo; bancos, mesas e cadeiras vão equipar a cozinha e as salas da secretaria da escola. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Já os itens do mobiliário são para equipar as coordenadorias e secretarias dessas escolas. Um exemplo é a Escola Ariston Ferreira Cunha, a 20 quilômetros de Capixaba. Ali, no dia 11 de setembro, pelo menos 206 kits foram entregues, além de oito bancos, duas mesas para a secretaria, quatro mesas para o refeitório e dois quadros brancos.

Servidores da Educação entregam material escolar e de escritório, além de armários e computadores para o núcleo da Educação e para as escolas de Plácido de Castro. Foto: Mardilson Gomes/Secom

Instituições de ensino e núcleos equipados com computadores

A informatização dos núcleos da Educação no interior foi um dos objetivos da SEE em 2020. Computadores da marca Dell, uma das melhores do mercado, foram entregues tanto em núcleos como o do município de Plácido de Castro, por exemplo, quanto em escolas como a Argentina Pereira Feitosa, que embora esteja na zona urbana de Capixaba, tem metade dos seus 740 estudantes residentes na zona rural.

Equipe de gestores da Escola Pedro Gomes de Lima, no Projeto de Assentamento Walter Arce, na região do Bujari, com o secretário de Educação Mauro Sérgio da Cruz, na sala da escola, com mobiliário e computadores novos. Foto: Mardilson Gomes/Secom

Ali, ficaram acertados investimentos na compra de 40 computadores para o laboratório de informática, além da aquisição de equipamentos da fanfarra. Já no Bujari, pelo menos cem computadores novos estão previstos para ser entregues na Escola São João Batista, no perímetro urbano do Bujari.

Gestora Rose Silva, da Escola Ariston Ferreira Cunha, na zona rural de Capixaba, inspeciona os novos computadores que chegaram para a escola: valorização do profissional de Educação. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A série de ações faz parte do programa de valorização das escolas do interior, iniciada pela SEE já no primeiro ano de gestão do governador Gladson Cameli, e que estabelece como prioridade o suporte irrestrito da pasta aos educadores e alunos de toda a zona rural do estado. O objetivo é o de que a escola rural passe por profundas transformações nos moldes daquelas da zona urbana, até o fim do governo.

Novas escolas no Bujari e em Capixaba

Um terreno de 1,5 hectare foi doado para que o governo do Estado possa construir, em 2021, uma nova escola com capacidade de atender a pelo menos 980 estudantes, nos três turnos, em Capixaba, a 80 quilômetros de Rio Branco. O aporte de recursos, no valor de R$ 3 milhões, já foi liberado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, a princípio, para a construção de mais uma escola no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.

Gestores da escola São João Batista, no centro do Bujari, com o secretário de Educação; inchaço na rede pública urbana do município é um problema que será resolvido com a nova escola, em 2021. Foto: Mardilson Gomes/SEE

No Bujari, a construção de uma escola-modelo na cidade permitirá reduzir o grande número de alunos hoje atendidos, desafogando as salas de aula com a transferência de pelo menos metade desses estudantes para a nova escola. Atualmente, a Escola São João Batista tem ao menos 1.065 alunos e é a única estadual na zona urbana. O terreno, de quase dois hectares, foi doado pela prefeitura, enquanto que as obras, que começam em 2021, estarão a cargo da administração Gladson Cameli.

 

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