A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), por meio do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), realiza nesta quinta-feira, 15, a 1ª Mostra de Talentos em alusão ao Dia Internacional da Superdotação, que foi comemorado no último dia 10 de agosto.
A professora Jeane Machado, chefe do NAAH/S, explicou que a mostra trata-se da apresentação de trabalhos que são realizados pelos alunos durante o semestre. “Eles passam o semestre trabalhando em seus projetos, atividades e ações, e hoje está acontecendo a culminância desses trabalhos”, explicou.
Dentro da mostra de talentos há apresentações musicais, exposição de quadros pintados pelos alunos, desenhos, história em quadrinhos, além de poemas que são produzidos. “Aqui há trabalhos que já foram finalizados e também os que ainda estão sendo produzidos pelos alunos”, disse a chefe do NAAH/S.
Os trabalhos dos alunos são produzidos na sala de recursos multifuncionais específica em altas habilidades e superdotação. Atualmente, o NAAH/S tem mais de 200 alunos que são identificados pelos próprios pais ou mesmo pelos professores em sala de aula e são levados até o núcleo.
“Esses alunos estão acima da média dos seus pares. Então, disponibilizamos um link e esses alunos são inscritos e, a partir daí, eles são chamados para a matrícula, quando é feita uma entrevista e eles entram em processo de investigação”, explica a professora Jeane Machado.
Alto intelecto
Seu Crispim Machado é pai de um ex-aluno do NAAH/S, o Cristian Machado. Durante a pandemia, ele foi identificado com uma alta habilidade intelectual, pois tudo o que ele se propunha a fazer, fazia muito bem. “Tudo o que ele fazia era com muita perfeição”, explica o pai.
Atualmente, Cristian faz medicina na cidade boliviana de Cobija, mas seu Crispim explica que em um certo momento o filho sentiu vontade de aprender inglês e conseguiu em um período de três meses. “A partir daí, ele foi chamado pela escola de inglês para ser professor”, disse.
Em uma outra ocasião, conta seu Crispim, o filho superdotado resolveu tocar violão, aprendendo também em um período de três meses. “Ele conseguiu tocar várias músicas sem auxílio de professor. Então, a gente fica muito feliz pelo filho ter essa superdotação”, afirmou.
Outro filho do seu Crispim, Daniel Machado, também está em investigação. Aluno do terceiro ano do Instituto de Educação Lourenço Filho (IELF), ele é excelente em qualquer esporte que pratica. “Atualmente, ele pratica beach tennis e é um excelente jogador”, diz.
Ficar até onde der
Maria Luiza Rocha da Conceição é uma das alunas do NAAH/S. Além de tocar ukulelê, um instrumento musical de cordas de origem havaiana, ela também toca teclado e escaleta, um instrumento de teclas, parente do teclado e que faz, inclusive, o mesmo som.
Aluna do 7º ano do ensino fundamental, anos finais, da escola Clínio Brandão, localizada no bairro Floresta, ela diz que toca desde os seis anos, incentivada que foi pelo próprio pai. “Ele tocava violão na igreja e começou a me incentivar, então me colocou numa escola de música e depois fui descoberta pelo NAAH/S e eu pretendo ficar aqui até onde der”, afirma.
Colega de Maria Luiza no núcleo, Pedro Daniel Rodrigues de Farias é aluno do 7º ano da escola Neutel Maia e toca saxofone alto, além do Cajon, um instrumento de origem peruana, que tem uma caixa e onde o músico senta em cima e serve para marcar o tempo da música, para auxiliar o músico.
“Eu já tinha dois anos de música, pois tocava na banda da PM, mas o meu pai me tirou. Depois, fui descoberto por um professor que me trouxe para o NAAH/S e também gosto muito daqui”, disse.