Educação Indígena do Acre avança valorizando os povos amazônicos

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A população indígena do Acre é de aproximadamente 19.962,  segundo a publicação “Acre em Números 2017”, sem contar as tribos isoladas de Feijó, Jordão e Santa Rosa do Purus, que por essa especificidade não foram contabilizadas. Esses povos vivem em 209 aldeias acreanas.

Por compreender a importância dos povos da floresta, para fortalecer e valorizar a cultura e a identidade desses diferentes povos que habitam a região, o governo do Estado tem investido em todos os setores, da infraestrutura das aldeias à educação, apesar de ser uma atribuição federal.

Na área educacional, Tião Viana investiu na construção e reformas de escolas, na contratação de quadro docente e na implantação de programas educacionais. Destacam-se ainda as oficinas de formações para educadores e os processos seletivos.

Só em fevereiro deste ano, o governo acreano abriu um Processo Seletivo Simplificado com 150 vagas para contratação de professores indígenas para o ano letivo de 2018. O edital contemplou 14 etnias do estado.

Ensino indígena tem sido uma prioridade do governo do Acre (Foto: Cedidas)

[/box][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”332939″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Crescimento das escolas” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left”][vc_column_text]O número de escolas saltou de 182, em 2011, para 213, em 2016. Entre 2011 e 2018, foram construídas 73 escolas de ensino indígena com investimento de mais de 4,5 milhões. Somente no ano de 2015 foram criados nove estabelecimentos de ensino, com investimentos próprios do estado no valor de R$ 1.046.055,19.

Esses espaços são construídos com arquitetura diferenciada para desenvolver o ensino e a cultura nas aldeias, sem desrespeitar a história e identidade de cada etnia.

Com o acréscimo de estabelecimentos de ensino, aumentou também a quantidade de estudantes atendidos, que antes [2011] era de 7.192 e aumentou para 8.497 alunos.

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Eldo Gomes trabalha na Coordenação Escolar Indígena (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

[aspas fala=”Com a oferta da educação nas próprias aldeias, o índio não precisa migrar para as cidades a fim de estudar. Ele fica lá mesmo na sua comunidade, com seu povo” cargo=”Indígena e pedagogo” autor=”Eldo Gomes”]
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É pensando em atender essa demanda que, além da oferta do ensino tradicional, o governo criou também programas educacionais como, por exemplo, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), que atende pessoas que estão em distorção idade-série. Atualmente há turmas em Mâncio Lima, Porto Walter, Tarauacá e Feijó.

O próprio pedagogo estudou por essa modalidade de ensino: “É uma vantagem, porque eu fui formado dentro da aldeia e hoje tenho ensino superior. É uma oportunidade de quem não estudou na idade certa ter essa chance de ser alfabetizado”, destaca Gomes.

Ele lembra ainda que esta é uma questão para se refletir, “por que antes nós não tínhamos escolas nas aldeias e os indígenas precisavam ir para a cidade e alguns deles acabavam entrando no mundo da prostituição, das drogas e do alcoolismo. Então, quando se cria esses programas dentro das aldeias estamos evitando esse tipo de transtorno”, diz.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”334902″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card card-content no-padding”][vc_custom_heading text=”Terras Indígenas” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left”][vc_column_text]Iniciativas importantes, já que no Acre, 2,4% da população é formada por indígenas e há 36 Terras Indígenas (TI´s) reconhecidas pelo Governo Federal. Com mais de dois milhões de hectares, estas áreas representam o equivalente a 14% do território do estado. Elas são ocupadas por uma população superior a 19 mil e falam as línguas variantes dos troncos Pano, Aruak e Arawa.

Dos 22 municípios acreanos 13 deles possuem territórios demarcados como Terras Indígenas (TI´s). Os municípios de Feijó, Santa Rosa, Manoel Urbano, Jordão e Tarauacá concentram 68% de todos os povos indígenas acreanos.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”334783″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][vc_column_text][box cor=”lime”]

Quero Ler Indígena

Outra iniciativa do governo é a extensão do programa de alfabetização Quero Ler também para as aldeias. Um programa que visa erradicar o analfabetismo no Acre até o fim deste ano.

Nas comunidades indígenas o Quero Ler foi implantando em 2018 para atender as 34 terras indígenas, em 12 municípios acreanos. Até o final do ano à meta é beneficiar diretamente 2.220 jovens e adultos nas aldeias.

[aspas fala=”O programa é importante por que desde a época dos seringais os índios eram enganados por não saberem ler e escrever. E com esse programa de alfabetização os nossos anciãos irão conseguir conquistar esta autonomia” autor=”Eldo Gomes”]
[/box][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card card-content no-padding”][vc_custom_heading text=”Da floresta para cidade” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left”][vc_column_text]Além do ensino nas aldeias o governo se preocupa ainda em valorizar e difundir as histórias e peculiaridades dos distintos povos residentes nessa parte da Amazônia Ocidental para as pessoas que vivem nas zonas urbanas.

Professor Joaquim Maná é mestre em linguística e vai ministrar curso Hãtxa Kui (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Na capital, Rio Branco, por exemplo, são feitos anualmente trabalhos nas escolas da rede pública com a temática étnico-racial. As atividades são realizadas pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) por meio das coordenações: Escolar Indígena e Educação e Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade.

Entre as ações destacam-se: exibições de filmes, que retratam as trajetórias e legados dos povos, além de exposições fotográficas sobre as comunidades indígenas brasileiras e palestras com lideranças indígenas.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”334901″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column el_class=”card card-content no-padding”][vc_custom_heading text=”Curso Hãtxa Kui” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:left”][vc_column_text]Além das iniciativas já citadas outra novidade para este ano é o curso de língua indígena Hãtxa Kui, matriz do povo Huni Kuin, que será ofertado ainda este mês, em Rio Branco, no Centro de Estudo de Línguas (CEL).

Disciplina será ofertada através do Centro de Estudo de Línguas (Foto: Cedida)

“O Estado está abrindo a possibilidade de ampliar os conhecimentos dos povos indígenas que moram no Acre, pois são 15 povos, e cada uma tem seus costumes e suas culturas”, explica o professor indígena, que irá lecionar o curso, Joaquim Maná.

As aulas para essa formação iniciam neste 19 de abril, Dia do Índio. O curso é o primeiro de uma série de seis. “Nesse curso vamos começar a introduzir os conceitos da diversidade tanto linguística como de povos e de culturas”, explica o professor. As próximas línguas a serem ofertadas serão: Manchineri, Jaminawá, Madirra, Ashaninka e Kaxinawa.

E também nesta quinta-feira, o governador Tião Viana aproveitou a celebração para fazer uma defesa do respeito e pela luta contra o preconceito indígena. “Vamos entender que todo dia é dia de todas as comunidades, dos brancos, indígenas e todas as pessoas, para que sejamos uma comunidade de abraço, de afeto e de defesa da vida, com respeito e consideração pelos outros”, declarou o governador.

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