Eduardo Souza tem 13 anos e estuda na Escola Estadual Ercília Feitosa, no Ramal Liberdade, na zona rural de Rio Branco. Ele é um dos muitos alunos que necessitam que as práticas inclusivas sejam realidade nas escolas, por isso é atendido pelo ensino especial da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE).
É uma criança que tem deficiências múltiplas, não consegue realizar atividades simples, como andar e falar. Suas limitações exigem que o ensino seja adaptado de acordo com suas necessidades. Por isso, além da sala de aula, recebe acompanhamento domiciliar, duas vezes por semana.
“É uma assistência que ultrapassa os muros da escola, porque não cuidamos apenas da criança, é um trabalho feito com toda a família. Precisamos ir além, ser mais que professores”, destaca Osmarina Mota, professora da sala de Recursos Multifuncionais da escola de Eduardo.
No Acre, foram realizados 7.354 atendimentos dessa modalidade pela SEE, por meio da coordenação de Ensino Especial, em 2015. Atualmente, há 388 salas de Recursos Multifuncionais instaladas em unidades escolares de todos os municípios acreanos.
Os espaços de Atendimento Educacional Especializado (AEE) são adaptados para desenvolverem as habilidades individuais de cada aluno. Atendendo, assim, os alunos com diferentes deficiências que recebem os conteúdos planejados em contraturno, de acordo com ritmo, aprendizagem e especificidades.
Para esse público, o ensino tradicional não é suficiente. Por isso os professores contam com o auxílio dos atendentes pessoais, profissionais encarregados de acompanhar individualmente cada criança, com o objetivo de trabalhar as diferenças para satisfazer as lutas básicas de todos e promover a inclusão social.
“O aluno pode ser surdo, mudo, cadeirante, portador de síndrome de Down, ou qualquer outro tipo de deficiência, ele tem direito de aprender, junto aos colegas em sala de aula e também receber atendimento exclusivo para desenvolver suas habilidades”, conta Ana Souza, técnica pedagógica da SEE.