A secretária de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE), Socorro Neri, realizou um conjunto de visitas nesta terça-feira, 5, às escolas da capital que retornaram, na segunda-feira, 4, às aulas presenciais. Ela aproveitou para destacar que se trata de um retorno gradual, que vai se estender por todo o restante do ano letivo de 2021.
Na Escola Militar Tiradentes, sob a coordenação da Polícia Militar do Acre (PMAC), ela se reuniu com o major Agleison Correia e os alunos. Na oportunidade, a secretária destacou os cuidados que a SEE está tomando para o reinício das aulas. “Nenhum estado do Brasil que retornou presencialmente teve aumento dos casos de Covid e aqui no Acre também não vai acontecer”, afirmou.
Outra escola visitada pela secretária Socorro é a Escola José Ribamar Batista (Ejorb), de ensino integral, localizada no bairro Aeroporto Velho, na região da Baixada da Sobral. A diretora da escola, Francicleia Barrozo, destacou o retorno das aulas.
Para a diretora, é muito ver os alunos de volta à escola porque “eles são a razão disso tudo”. Também destacou o apoio dado pela SEE para o retorno das aulas presenciais. “A gente tem a SEE, que está nos apoiando e acreditando no projeto de vida e isso tem nos dado mais gás para seguir adiante”, frisou.
Ramona de Castro
Em todo o Estado, 495 escolas retornaram às atividades presenciais nesta segunda-feira, como a Ramona de Castro, localizada no bairro Boa Vista, na região da Baixada da Sobral. A escola é de ensino fundamental, anos iniciais, e trabalha com alunos do 1º ao 5ºano.
Para Ivaneide Tavares, coordenadora pedagógica, a expectativa pelo retorno é a melhor possível. Segundo ela, a partir do retorno presencial será possível equilibrar as habilidades de aprendizagem dos alunos. “A gente sabe que não tem culpados, o ensino remoto não dá conta de tudo e, por isso, a nossa expectativa é colocar em dia tudo aquilo que ficou faltando durante o ano”, destacou.
Segundo a coordenadora, a escola seguiu todos os protocolos de segurança determinados pela SEE para o reinício das aulas presenciais, tais como tapete na entrada, dispensers de álcool em gel, além de medidores para aferir a temperatura dos alunos.
“A escola está adequada às recomendações da vigilância sanitária e dos próprios protocolos da SEE. Além disso, estamos mantendo o distanciamento mínimo de um metro e meio em todos os ambientes da escola”, disse.
Quem gostou de retornar à escola foi a aluna Isabele Vitória de Alencar, do 1º ano. Ela estava acompanhada do pai, José Ripardo, e frisou que estava “ansiosa” para retornar, para ver os colegas.
Já para a mãe do aluno Luidy, do 5º ano, Garcesis de Queiroz, as aulas presenciais irão recuperar os prejuízos causados pelo ensino remoto. “Com o ensino presencial se aprende mais, pois o remoto não é como a sala de aula”, disse.
As professoras também estão felizes. Cleicimar Carvalho, das classes de 5º ano, diz que os alunos estão se adaptando, se acostumando com as aulas. “O contato com os alunos é fundamental”, disse. O mesmo pensamento tem a professora Miriam da Silva, do 1º ano. “Muitos alunos não têm celular, não têm como fazer a devolutiva”, destacou.
Henrique Lima
Outra escola que iniciou as aulas presenciais foi a Escola de Ensino Médio Henrique Lima, localizada no bairro Calafate. Lá, assim como na Ramona de Castro, a direção seguiu todos os protocolos e tomou todos os cuidados para realizar o retorno das atividades em sala de aula.
O diretor da escola, Atalibas Aragão, fez questão destacou que a Henrique Lima foi a primeira a trabalhar com um plano de retorno. “Fomos uma das primeiras a fazer um plano de retorno, fizemos encontros com a SEE desde agosto do ano passado”, afirmou.
Os alunos estão contentes. Esdras Rodrigues de Araújo, do 3º ano, por exemplo, disse que é muito bom poder voltar às aulas presenciais. “A gente estava há muito tempo parado. As aulas online não são a mesma coisa da sala de aula. Na sala temos mais conhecimento. Gostei muito de ter voltado”, disse.
Quem também gostou de voltar às aulas presenciais foi a professora Alzenir Melo, de Química. Muitas questões, segundo ela, consegue-se resolver em sala de aula. “Gosto do contato com os alunos, e até aqueles que não faziam as atividades passaram a fazer”, afirmou.