Projeto Presídios Leitores é iniciado em Rio Branco com monitorados

O primeiro encontro entre monitorados e voluntários do projeto Presídios Leitores em Rio Branco foi realizado nesta terça-feira, 5, na sede da Unidade de Monitoramento Eletrônico de Pessoas (Umep) do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen).

A iniciativa, que tem o objetivo de contribuir com a ressocialização de reeducandos por meio da leitura, é uma promoção da Universidade Federal do Acre (Ufac), em  parceria com o Iapen, Instituto Federal do Acre (Ifac), Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) e Academia Acreana de Letras (AAL).

Pessoas em situação de monitoramento eletrônico participaram de reunião sobre o projeto Presídio Leitores. Fotos: Lucas Manoel/Iapen

A professora Maria Ana Morais, vice-coordenadora do programa, contou que o projeto já é realizado com detentos em Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Senador Guiomard. “Os monitorados terão 20 dias para fazer a leitura de um livro e depois escrever um texto falando sobre o que leram. A banca de avaliadores vai ler o texto, avaliar para saber se ele leu ou não aquele livro, e a partir daí formamos um parecer que indicará a remissão de pena através da leitura. A cada livro lido, o monitorado pode remir até quatro dias de pena”, explicou.

Parceiros do projeto Presídios Leitores realizou encontro na Umep. Foto: Lucas Manoel/Iapen

Vinícius D’anzicourt, diretor da Umep, explicou que a primeira turma que participará do projeto na capital acreana é formada por 50 pessoas em situação de monitoramento eletrônico, e que a expectativa, neste momento, é alcançar o máximo de monitorados possível.

“O governo do Acre, por meio do Iapen, vem contribuindo, com a ajuda de parceiros, nesses projetos que tratam da ressocialização. Nós temos a expectativa de que muitas pessoas, nessa situação, ainda vão querer participar do projeto, e sem dúvida teremos resultados muito positivos”, afirmou o diretor.

O monitorado L.R., de 33 anos, disse que já tem o hábito de ler e ficou muito feliz em saber que a leitura poderá ajudá-lo a reduzir a pena. “Eu acredito que isso é uma oportunidade que a gente não deve deixar passar. Vai ajudar na ressocialização e vai ser uma oportunidade de aprimorar meus conhecimentos”, ressaltou.

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