Por Juliana Guedes*
É-nos ensinado desde cedo, a manter as florestas em pé, a conservar o que merece ser conservado, a continuar a ver o belo sem tirá-lo, até mesmo pelo próprio bem-estar humano e climático. Atualmente, não é à toa que estamos vivendo e vendo as cores dos desastres ambientais. Não iremos nos estender nesse assunto, mas acredito que jovens e idosos concordam que o calor está excessivo e as enchentes maiores, situações nunca vistas em décadas passadas.
Mas o que tem a ver esse assunto com ecoturismo? Antes de falar sobre, é necessário que tenhamos a mão na consciência para quaisquer mudanças que venham a ser instauradas em nosso meio.
De certo modo, ecoturismo é saber utilizar de forma mais sustentável uma atividade turística, certo? Cuidando e preservando tal patrimônio cultural e natural do local. A comunidade do Crôa, localizada em Cruzeiro do Sul, a 648 km da capital de Rio Branco, possuindo suas águas escuras, busca da melhor forma, trazer um pouco do acolhimento regional acreano.
As visitas turísticas de diversos lugares ao redor do mundo, se encantam com comidas típicas, passeio de barco e a paz que a nossa floresta transmite. Nossa região, além de possuir uma biodiversidade gigantesca entre fauna e flora, espaços de lazer, ambientes próprios, até mesmo para passar alguns dias longe de toda correria que a vida adulta pode muitas vezes nos sufocar, ou para quem busca uma pausa da realidade. Se encantar com as belezas que lhe reserva. Tenho que lhe falar que foi um grande sucesso durante a ExpoacreJuruá 2023, as visitas e lugar de descanso para passar temporada.
Ao longo do Rio Crôa, é possível encontrar árvores centenárias como a samaúma (árvore rainha da Floresta Amazônica, sagrada também pelos povos antigos) e a seringueira (que tem sua história diante da evolução de nosso estado, entre os ciclos da borracha e a seiva obtida do tronco desta grandiosa árvore), além das vitórias régias, que nas águas do rio se prolifera vida. Um grande exemplo que podemos citar são as matas ciliares, com sua importância para que se mantenha a vida nos rios, são como os cílios para os nossos olhos, mantendo a qualidade das águas, nos trazendo possivelmente um equilíbrio ecológico e mantendo a biodiversidade de todo o ambiente.
Por fim, ao direcionar os meus queridos leitores nessa viagem por meio da escrita, venho ressaltar que temos em nosso Juruá riquezas, nossos igarapés, e que se você não teve oportunidade ainda de conhecê-los, lhe convido a conhecer.
Certamente, tem o seu diferencial, já iniciando da população, tão hospitaleira e gentil. Concluo, dizendo com orgulho que sinto felicidade em morar em um lugar como esse, ser agraciada de sua grandiosidade em cultura, diversidade e acolhimento.
Juliana Guedes, graduanda em Ciências Biológicas pela Ufac, é repórter e social mídia da Secretaria de Estado de Comunicação
