Duzentos adolescentes do ISE participam da primeira fase do Som da Liberdade

Desde segunda-feira, 15, os profissionais do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) estão nos quatro centros socioeducativos da capital ensinando música para duzentos adolescentes na primeira fase do programa Som da Liberdade deste ano.

Inicialmente, são mostrados aos jovens vídeos motivacionais e trabalhos envolvendo outros adolescentes em anos anteriores. O adolescente H. D., 18 anos, que ficou em terceiro lugar no festival do Som da Liberdade no ano passado, fala da sua experiência e dos momentos de felicidade vividos graças ao programa.

“Lá atrás, vi minha mãe chorando de tristeza por causa das coisas que eu fazia. Agora eu vejo ela chorando de alegria pelas coisas boas que estou fazendo, e isso me faz acreditar que o mundo pode ser diferente”, conta, emocionado, o jovem.

Conforme explica Elildo dos Santos, coordenador do projeto, os adolescentes com predisposição para a música terão a oportunidade de desenvolver suas habilidades por meio do Som da Liberdade, explorando o universo musical.

“A intenção nesta fase inicial é conhecer os jovens com potencial para a música, e depois ensinar a eles o manuseio de instrumentos musicais e o uso correto da voz”, explica.

Devido ao sucesso do Som da Liberdade em anos anteriores, o governador Tião Viana e a Assembleia Legislativa transformaram o projeto em um programa. A meta agora é alcançar todos os centros socioeducativos do estado.

A agente socioeducativa Jéssica Almira faz parte do grupo de profissionais do ISE que ensina música aos socioeducandos. Ela explica que são repassados conhecimentos sobre a origem da música e os benefícios da música na vida das pessoas.

“Aqui esses jovens, além de aprenderem a cantar e a tocar instrumentos, também terão a oportunidade de interagir com outros adolescentes, e na fase final do programa poderão cantar para os familiares e para o público em geral na seletiva final do Som da Liberdade.

A jovem A.L., 18 anos, que cumpre medida socioeducativa no CS Mocinha Magalhães e participou da edição anterior do Som da Liberdade, conta que vê na música uma oportunidade de mudar de vida.

“Há pessoas lá fora que não acreditam na gente pelo fato de termos errado na vida e estarmos aqui dentro, mas existem, sim, pessoas que acreditam e investem em nós, e queremos agarrar essa oportunidade para vencermos na vida e alcançarmos um futuro melhor”, declara.

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