Pelo segundo ano consecutivo, a Escola de Ensino Médio Craveiro Costa classifica duas equipes para a final da 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil, promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Num universo de 16 mil equipes participantes no país, as equipes de Cruzeiro do Sul são as únicas do Estado a se classificarem, junto a outras 300 escolhidas em todo o território nacional, para disputar a final, nos dias 20 e 21 de outubr, em Campinas (SP).
As duas equipes, cada uma com três componentes, são formadas pelos estudantes Amanda Cruz, Aline Andrade, Alan Maia, Aline Querolaine, Diego Alexandre e Patrícia Negreiros. A equipe classificada em primeiro lugar terá as despesas custeadas pelo Museu Exploratório de Ciências da Unicamp, enquanto a outra está em busca de patrocínio para passagens e estadia.
A primeira edição da olimpíada ocorreu em 2009 e contou com 16 mil inscritos. Vem crescendo desde então, com a participação de mais de 120 mil alunos e professores de todos os Estados. Firmada no cenário educacional como uma inovação no estudo da História, a edição de 2011 (a terceira) teve participação vitoriosa de duas equipes da Escola Craveiro Costa, que se classificaram entre as 300 finalistas, concorrendo com 12 mil equipes de todo o Brasil.
A orientadora das equipes, professora Blenda Cunha Moura, é especialista no assunto, tendo já participado desde a primeira edição da olimpíada, sendo as duas primeiras no Estado do Amazonas, onde residia. Em 2011, foi a orientadora das duas equipes classificadas em Cruzeiro do Sul. Em 2012, repetiu o feito, classificando duas equipes na cidade e outras duas no Amazonas. Segundo conta a professora, as turmas do Amazonas, formadas por ex-alunos seus, foram orientadas via MSN.
Iniciada em 20 de agosto, a olimpíada teve quatro fases de provas pela internet, mas a última será presencial. Para fazer a orientação, a professora se reúne com os estudantes, quando são discutidas as dificuldades das provas, seguindo-se então as pesquisas relacionadas a cada questão.
Para a professora Blenda, o empenho dos estudantes na olimpíada contribui muito para um bom rendimento escolar. “A olimpíada não testa o que o aluno sabe, testa o que ele é capaz de aprender. As questões são bem difíceis – até porque a Unicamp é ‘cinco estrelas’ no Brasil – e os estudantes têm que ir atrás para dar a melhor resposta. Isso faz com que pensem, reflitam, leiam, releiam, há todo um trabalho de interpretação de texto”, afirma. Segundo a professora, ex-alunas suas, medalhistas da primeira olimpíada, foram aprovadas na Universidade de Brasília (UnB).
A estudante Aline Andrade conta que participa pela primeira vez e está gostando muito, especialmente porque teve acesso a documentos, imagens e cartas, e aprendeu a trabalhar com eles: “O trabalho que a gente realiza é bem semelhante ao do historiador. Observamos cada detalhe do documento e procuramos fazer uma reflexão sobre determinada imagem. Enfim, interpretar tudo aquilo”.
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O que é a Olimpíada Nacional em História do Brasil?
É uma iniciativa única na área de ciências humanas no país. Em 2011, a olimpíada contou com mais de 65 mil inscritos, com representantes de todos os Estados do território nacional.
Composta por cinco fases online e uma presencial, a competição envolve professores de História e alunos do oitavo e nono anos do ensino fundamental e das séries do ensino médio, em um trabalho coletivo de estudar não apenas o conteúdo das questões propostas, mas de desenvolver um olhar crítico para a História. Dessa forma, são valorizados o processo de aprendizagem e a construção do conhecimento.
Este ano, a primeira fase teve início em 20 de agosto, e a fase final, presencial, acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro.{/xtypo_rounded2}
