Drauzio Varella grava quadro do Fantástico no Acre

Médico vai mostrar formas de prevenção e tratamento dos tipos de hepatites no Brasil

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Drauzio Varella passou quatro dias no Acre gravando conteúdo para o próximo quadro do Fantástico (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, entre 1,5 e 2 milhões de brasileiros são portadores de hepatites. No Sistema Único de Saúde, apenas 100 mil pessoas são registradas e, dessas, 30 mil fazem tratamento. É para alertar a população e chamar atenção dos governantes para esse problema de saúde que o Fantástico prepara novo quadro com o doutor Drauzio Varella.

O médico passou quatro dias no Acre gravando conteúdo para o próximo quadro do Fantástico, programa exibido pela Rede Globo aos domingos, que falará sobre os diversos tipos de hepatites. Um quadro semelhante está no ar, abordando o tema diabetes.

Varella visitou a aldeia Nova Esperança, no Rio Gregório, em Tarauacá, do povo indígena Yawanawá. Varella já gravou na Paraíba, numa cidade chamada Teixeira, que registra altos índices de hepatite A, a hepatite que está relacionada ao subdesenvolvimento e falta de saneamento básico. A equipe também já passou pela Bahia e agora segue para Santa Catarina.

A hepatite A é curável e o tratamento dura, em média, seis meses. Os tipos B e C são transmitidos por contato com sangue contaminado (agulhas, seringas, alicates de unha) ou contato sexual. O que trouxe a equipe do doutor Drauzio Varella à Amazônia foi um dado específico: na Amazônia existe um tipo raro da hepatite, que não ocorre em outras regiões do Brasil: a delta. “É um vírus defeituoso que, sozinho, não produz efeito. Mas, se ele infectar uma pessoa que já tem o vírus da hepatite B, a doença se torna muito mais agressiva. Nós vimos um caso desse na aldeia, um índio com 12 anos de idade que já desenvolveu cirrose”, explicou.

Ao Acre, Varella disse que veio atraído por uma tentativa de organização em torno da doença. “No Brasil existem entre 1,5 e 2 milhões de pessoas com hepatite. É praticamente o triplo de pessoas vivendo com Aids. É uma doença de alta complexidade, cara e que não recebe a atenção devida. No Acre existe um trabalho de ir atrás dos doentes, de identificar, tratar. É aí que entra o Saúde Itinerante, que ajuda bastante nesse trabalho”, disse.

Drauzio acompanhou o atendimento do Saúde Itinerante na aldeia do povo Yawanawá. Dos 724 casos notificados de hepatite no Acre, no primeiro trimestre deste ano, 258 foram confirmados, a maioria (183 casos) é de hepatite B. O resultado de um exame de hepatite B demora cerca de 180 dias para ficar pronto porque as análises são muito criteriosas. Após o resultado, é feito o exame de carga viral para detectar qual a quantidade e o tipo de medicamento que o paciente vai receber. A hepatite B tem vacina disponível nos postos de saúde.

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