Dnit e governo do Acre se unem para construir portos às margens da BR

Uma operação conjunta entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o governo do Acre está promovendo o levantamento da pista e a construção de quatro portos às margens da BR-364, nos trechos mais críticos da estrada, desde a última sexta-feira, 21. A ação tem sido fundamental para assegurar que o Acre mantenha-se abastecido com bens de consumo essenciais.

O primeiro porto localiza-se em Jaci-Paraná, os caminhões seguem até aportar mais a frente e continuar a viagem até a cidade de Palmeiral, onde embarcam em outra balsa (Foto: Carlos Rebelo)
O primeiro porto localiza-se em Jaci-Paraná. Os caminhões seguem até aportar mais à frente e continuar a viagem até a cidade de Palmeiral, onde embarcam em outra balsa (Foto: Carlos Rebelo)

Essa força tarefa foi tema de uma reunião do vice-governador César Messias e do comandante da Defesa Civil, coronel, Carlos Gundim, com secretários de governo e diretores de autarquias, na manhã desta segunda-feira, 24, na Casa Civil. Messias apresentou imagens da operação em Rondônia e explicou aos gestores todo o processo de logística que o Estado vem empregando para a construção de portos e elevação da pista.

Gundim explica que, nesta segunda-feira, 24, em pontos mais críticos da rodovia, a lâmina d’água chegou a 1,60m: “A BR está aberta com restrições e continuamos monitorando a pista. A última medida foi abrir portos nos locais onde a água está mais profunda”.

O primeiro porto localiza-se em Jaci-Paraná e está sendo construído com apoio da Usina Hidroelétrica de Jirau. “Quando os caminhões chegam a esse porto, eles embarcam numa balsa e fazem um percurso para aportar mais a frente e seguem até a cidade de Palmeiral, onde há outro porto. Entre Palmeiral e Mutum-Paraná não existe condições de tráfego rodoviário, por isso, pegam uma balsa novamente e descem em Mutum-Paraná”, detalha o comandante.

O coronel Carlos Gundim frisa que, depois das balsas, ainda há pontos de alagamento na pista, contudo a lâmina d’água permite trafegabilidade, o que permite chegar até a Vila Abunã, onde há outro porto.

“O porto do Rio Madeira não era neste local, era um pouco mais à frente, mas agora está funcionando na Vila Abunã. O trecho do Madeira que tem mais água está sendo aterrado com pedras, que deve ser concluído hoje e oferecerá tráfego na estrada com restrições”, comenta Gundim.

A equipe do Corpo de Bombeiros destacada para a missão em Rondônia atualmente está composta por 13 bombeiros militares.  A equipe principal está há cerca de 30 dias atuando diretamente na operação, sendo a ponte de ligação entre a ação no estado rondoniense e o governo acreano.

Bens de consumo chegam por rotas alternativas

O trecho do Madeira que tem mais água está sendo aterrado com pedras (Foto: Pedro Devani/Secom)
O trecho do Madeira que tem mais água está sendo aterrado com pedras (Foto: Pedro Devani/Secom)

O vice-governador César Messias ressaltou, durante a reunião, que os esforços para manter a população abastecida. Messias observou que a rota de combustíveis continua via BR por Cruzeiro do Sul, há também a rota do Peru para chegada de cimento e produtos hortifrutigranjeiros, e nesta segunda-feira saiu, por Porto Velho, uma balsa com duas mil toneladas de alimentos.

De acordo com a chefe da Casa Civil, Márcia Regina Pereira, neste fim de semana entraram no território acreano 120 toneladas de alimentos perecíveis como ovos, leite e verduras. Já a terceira balsa, que transporta gás, está a caminho do estado. Outra balsa chega nesta segunda-feira, via Porto Acre, com mais de oito milhões de litros de combustíveis.

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