Dnit destaca dificuldades e desafios de trabalhar manutenção da BR-364

Superintendente do Dnit destaca as dificuldades enfrentadas para a reconstrução dos trechos críticos na BR-364 (Foto: Arquivo/Secom)
Superintendente do Dnit destaca as dificuldades enfrentadas para a reconstrução dos trechos críticos na BR-364 (Foto: Arquivo/Secom)

Em nota de esclarecimento direcionada ao governador Tião Viana, nesta terça-feira, 5, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Sérgio Augusto Mamany, destacou as dificuldades enfrentadas para a reconstrução dos trechos críticos, como a rota que liga Tarauacá a Cruzeiro do Sul, na BR-364, ressaltando que “os solos do Estado do Acre são bem atípicos, e com pouca capacidade de suporte, ou seja, de estrutura frágil”.

Desde que o Dnit assumiu por completo a responsabilidade da rodovia, o governador Tião Viana alertou sobre a necessidade de manutenção permanente e denunciou a falta de controle de caminhões que trafegam acima do limite de peso, fato que dificulta ainda mais as condições da BR-364. Esse fator agravou as condições no período de redução da manutenção.

A BR-364 sempre significou um grande desafio. A partir do primeiro ano de mandato do governador Tião Viana, ela se manteve trafegável o ano inteiro. O Governo chegou a gastar cerca de R$ 50 milhões por ano, além do que era gasto pelo Governo Federal, para manter a estrada aberta e em permanente manutenção.

Em nota, Mamany pontua que as condições de solo da BR-364 impedem o sucesso da implantação de projetos convencionais que se aplicam em outras rodovias com características físicas de melhor suporte.

“O DNIT, em razão dessa não adequação de soluções técnicas até hoje aplicadas na região, precisa estudar e desenvolver soluções mais propícias e adequadas à região, caso contrário, estamos fadados a reprisar o que vem sendo vivenciado até o momento”, diz o superintende em nota.

Novo projeto de reconstrução

O Dnit afirma, ainda, que, em razão dessa incompatibilidade de soluções técnicas até hoje aplicadas na região, o órgão está preparando um Ante Projeto para reconstrução da rodovia que deverá ficar pronto até março de 2016.

“A elaboração do projeto de engenharia para reconstrução da BR–364/AC tem certamente soluções mais diferenciadas, uma vez que o refazimento da estrutura do Corpo Estradal terá que considerar essas peculiaridades locais, e certamente implicará também na elevação do custo/km”, informa Mamany em nota.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Excelentíssimo Governador Tião Viana, em entrevistas proferidas à imprensa, tenho dito que o DNIT realmente não recebeu a BR–364/AC em boas condições de tráfego.

Porém, tenho feito ressalvas, como por exemplo:

  1. para iniciar, temos que ter o conhecimento de que os solos do Estado do Acre são bem atípicos, com pouca capacidade de suporte, ou seja, de estrutura;
  2. e que, possivelmente, essa condição tenha sido uma limitante para o sucesso da implantação de projetos convencionais que se aplicam em outra rodovia com características físicas de melhor suporte;
  3. e que o DNIT, em razão dessa não adequação de soluções técnicas até hoje aplicadas na região, precisa estudar e desenvolver soluções mais propícias e adequadas à região, caso contrário, estamos fadados a reprisar o que vem sendo vivenciado até o momento;
  4. em razão dessa incompatibilidade de soluções técnicas até hoje aplicadas na região, o DNIT está preparando um Ante Projeto para reconstrução da rodovia BR–364/AC que deverá ficar pronto até março do comente ano.
  5. a elaboração do projeto de engenharia para reconstrução da BR–364/AC certamente trará soluções mais diferenciadas, uma vez que o refazimento da estrutura do Corpo Estradal terá que considerar essas peculiaridades locais, e certamente implicará também na elevação do custo/km;
  6. com estas colocações acima, não significa eximir o governo do Estado do Acre de responsabilidades, mas quero deixar claro que os motivos podem ser outros que devem ser investigados, porque se as soluções até hoje aplicadas não foram capazes de resolver o problema, é porque algo está em discordância com a realidade local.

 

Sérgio Mamany

Superintendente Regional DNIT RO/AC

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