Discutindo a Segurança Pública na fronteira

Prefeitos e vereadores se reúnem com Secretária da área, Márcia Regina, para avaliar estratégias de segurança para Epitaciolândia e Brasiléia

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Representantes da área de Segurança Pública do Estado anunciaram ações para fortalecer atuação das polícias na fronteira (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Prefeitos e vereadores dos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia se reuniram na tarde desta segunda-feira, 16, com a Secretária Estadual de Segurança Pública, Márcia Regina, para discutir as estratégias de combate à violência na região. Os municípios fazem fronteira com a Bolívia e há uma necessidade de fiscalização permanente e rígida no cruzamento entre os dois países que dificulte ações criminosas, como a negociação de carros roubados no Brasil.

Durante o encontro, Mária Regina garantiu que o policiamento reduzido será reforçado com dois concursos – um para a Polícia Militar e outro para a Civil – e o destacamento de um comandante específico para a região, que deve assumir nos próximos dias. Os recursos do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) também prevê recursos para reaparelhamento das polícias e aquisição de equipamentos para os policiais.

Outra queixa é a questão das pontes que fazem a ligação entre os municípios e a Bolívia. O livre acesso de pessoas entre os dois países facilita, como foi colocado pelos prefeitos de Epitaciolândia e Brasiléia, o tráfico de armas, drogas e a negociação dos carros ilegais no Brasil.

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Prefeito de Epitaciolância defende fiscalização de 24 horas

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Prefeita de Brasiléia reconhece que segurança é papel de todos

O prefeito de Epitaciolândia, José Ronaldo, é a favor do policiamento 24 horas nas pontes de fronteira. Leila Galvão, prefeita de Brasiléia, lembrou que a segurança pública não é dever apenas da polícia ou dos gestores públicos, mas de toda a sociedade e que todos têm um papel a cumprir.

O superintendente em exercício da Polícia Federal, Alexandre Silveira de Oliveira, que também participou da reunião, destacou que um dos principais pontos para a resolução das questões de segurança enfrentadas na fronteira é a diplomacia com a Bolívia. "O nosso limite de atuação é a fronteira, onde não podemos agir. Muitas vezes identificamos uma quadrilha e não podemos prendê-la. Daí a importância de trabalhar em parceria com a polícia boliviana, o que o nosso serviço de inteligência já vem fazendo", explicou.

A autonomia administrativa e financeira da Polícia Civil permitiu, segundo o diretor Emilson Farias, o melhor planejamento das ações de segurança. "A partir de então fizemos um diagnóstico e constatamos o aumento da violência na região, o que exigiu um plano de ação emergencial e capaz de dar respostas rápidas. Temos várias ações para executar neste sentido", comentou.

Para a secretária de Segurança, Márcia Regina, o desafio é fortalecer o sistema de segurança do Estado e para isso há recursos disponíveis, incluindo os do Pronasci, que prevêem o reaparelhamento das polícias e o combate ao tráfico de drogas e pessoas na fronteira.

"Vamos aumentar o efeito das polícias e destacar um comandante para atuar naquela região, que é estratégica por ser fronteira. O Judiciário também vai ampliar sua atuação na área, o que vai potencializar o trabalho da polícia. Não podemos identificar problemas sem discutir a relação de causa e efeito. Os diagnósticos que os prefeitos e vereadores trouxeram são importantes e vão nos ajudar bastante na melhoria dos sistemas de segurança", disse a secretária Márcia Regina.

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