Diretora do Detran participa do primeiro Fala Secretário de 2013

O primeiro programa Fala Secretário do ano de 2013, apresentado pela jornalista Nilda Dantas, contou com a participação da diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho. Entre os principais assuntos abordados, está a fiscalização eletrônica, que passou a vigorar ontem, 7, em 16 pontos da cidade de Rio Branco.

A diretora do Detran inicia o primeiro bloco explicando como se deu o processo de licitação, estudos e implantação dos radares. “Começamos com a velocidade na via, qual é a necessidade, os pontos pela análise criminal do departamento de trânsito da Polícia Militar, nós pontuamos todos os acidentes de trânsito para a gente chegar num diagnóstico (…), de acordo com o código de engenharia de trânsito”.

De acordo com Sawana, os 16 pontos compreendem 45 faixas monitoradas de fiscalização eletrônica. Quanto aos tipos de equipamento, estão divididos em radar, que controla a velocidade, a lombada, que faz reduzi-la nos locais em que estão instaladas, além dos que fiscalizam a parada sobre a faixa e o avanço de sinal vermelho do semáforo.

Em seguida, Nilda Dantas faz referência ao questionamento de algumas pessoas com relação à lombada eletrônica instalada na Via Chico Mendes. A entrevistada explica que, naquele ponto, é  necessária a redução da velocidade, por conta da rotatória existente. “Nós temos grande fluxo [no local]. Fizemos uma contagem e ali passam cerca de 1.800 veículos por hora. Então, nada melhor do que a gente reduzir a velocidade para estar dando vez a quem está saindo do bairro e cruzar a Via Chico Mendes”, complementa.

A entrevista segue com o apontamento da necessidade dos radares na região do Terminal Urbano. “Ali, nós temos que dar fluidez ao trânsito, temos que dar segurança para a travessia de pedestre. Existe uma grande aglomeração de pessoas que fazem a travessia, do Parque da Maternidade para o Terminal Urbano, dos dois lados da Ceará”, aponta. Também foi questionada a presença dos radares ao longo da Avenida Ceará, devidamente respondido pela diretora.

Sawana esclarece ainda a diferença entre radares e lombadas eletrônicas. “No radar, mantém a velocidade da via. Então, a gente tem que observar a sinalização vertical, a exemplo da Avenida Ceará, que se você imprime mais que 50km/h, você perde a sincronização dos semáforos. E a lombada eletrônica é a redução da velocidade. Alguns pontos em algumas vias, a gente precisa reduzir a velocidade por conta de entrada e saída de veículos ou rotatórias”.

Os equipamentos, segundo Sawana, passam por aferição do Inmetro, resguardando-os de erros. A aferição dos equipamentos vale por um ano e a manutenção é mensal. Explica ainda que são imparciais – mesmo os veículos do Samu ou da polícia, que têm direito de passagem por lei, recebem notificação, porém, o gestor competente deve apresentar a justificativa, para que o auto de infração seja cancelado.

Contou ainda que as multas de radar variam entre R$ 85,13 até R$ 574,61, frisando que as de natureza leve e média podem ser convertidas em advertência por escrito, desde que não haja reincidência no período de 12 meses. Afirma que a multa não precisa ser necessariamente paga logo após a infração, porque o condutor pode defender-se, caso queira.

No segundo bloco, Sawana Carvalho, explica que a fiscalização eletrônica é mais barata, já que seriam necessários quatro agentes para cobrir cada faixa de atuação. De acordo com ela, esses agentes hoje podem ser deslocados a outras regiões da cidade, para reforçar inclusive ações como a do programa Ruas do Povo.

Outra informação adicionada foi com relação ao horário de funcionamento dos radares que fiscalizam a parada sobre a faixa e o avanço de semáforo. Eles são desligados a partir das 23 horas e só passam a atuar novamente às 6 da manhã do dia seguinte. Quanto aos que controlam a velocidade, permanecem ligados 24 horas. A fase de adaptação popular é de 30 dias. “A partir de 7 de fevereiro, os aparelhos estarão ligados de forma ostensiva”, explica a diretora do Detran.

“Só dá valor ao radar quem foi vítima de acidente”, apontou Sawana no terceiro e último bloco do Fala Secretário. Ela contou ainda que, de acordo com pesquisa realizada ano passado, 75% da população de Rio Branco era a favor da volta da fiscalização eletrônica. Enquanto o condutor não estiver educado, vamos precisar trabalhar muito a fiscalização e a educação.

Outro ponto alto da entrevista é relacionado à Operação Álcool Zero, que, de acordo com a gestora da autarquia, colaborou com a redução de acidentes registrada em 2012. “Nunca tivemos um índice tão bom de redução em nosso Estado”, exclama. Diz que é uma política não somente do governamental, mas também do país e do mundo, fazendo menção à campanha Década de Ação pela Segurança Viária da ONU.

Explica que as operações são realizadas diariamente, das 23 às 5 horas, geralmente nos mesmos pontos, e que tem havido uma aceitação de 90% para a execução de testes do bafômetro por parte dos condutores abordados. Houve ainda, segundo Sawana, uma diminuição efetiva na lavratura de autos de infração por alcoolemia ao volante.

Sawana Carvalho finaliza a entrevista explicando que o trânsito faz parte da vida de todos os cidadãos, sendo necessárias a cautela e a gentileza. “Eu peço a parceria e o apoio da sociedade para que a gente salve mais vidas e diminua os acidentes no nosso Estado.”

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