Diagnóstico precoce é um dos principais aliados na luta contra o câncer infantil

Diagnosticado com leucemia, o filho de Paula Oliveira, de 7 anos, há um ano e cinco meses faz quimioterapia uma vez por mês no Hospital do Câncer do Acre (Unacon). A mãe conta que o sintoma inicial foi muita febre, e logo foram descartadas outras possíveis doenças.

Com 45 dias o filho de Paula não tinha mais células cancerígenas, mas continua recebendo o acompanhamento na unidade. Foto: Júnior Aguiar/Sesacre

“Com o exame feito no Unacon, foi detectado o câncer. Fiquei sem chão. Foram quase dois meses de muito sofrimento. Pensei até em ir para outro estado em busca de tratamento, mas, como no Acre era ofertado, decidi fazer aqui mesmo.  Iniciamos a quimioterapia e, em menos de 45 dias, ele não tinha mais células cancerígenas, e continuamos fazendo o tratamento e acompanhamento até hoje”, destaca a mãe.

No Dia Internacional da Luta contra o Câncer Infantil, celebrado nesta quarta-feira, 15, a pediatra oncologista, Valéria Paiva, explica que o Unacon realiza o trabalho de conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e que esse tipo de câncer tem uma alta taxa de cura na faixa etária de crianças e adolescentes.

Em alusão a data, os servidores promoveram um momento para as crianças que estão em tratamento. Foto: Júnior Aguiar/Sesacre

Nos casos de leucemia, as crianças podem ter sintomas variados, como palidez, fraqueza, dor nas pernas, aumento da barriga e sintomas variados. Nos tumores cerebrais, muita dor de cabeça, vômito, perda de forças nas pernas ou nos braços são alguns sintomas. É preciso que os pais observem os sintomas e procurem o médico para avaliação do especialista, se necessário.

No Unacon os pacientes adultos só entram com o diagnóstico fechado, mas nas crianças e nos adolescentes esses tumores são mais agressivos. Então, quando surge a suspeita, já são direcionados para o pediatra oncologista, para avaliação e diagnóstico.

“Nós últimos 15 anos o hospital já tratou e acompanhou mais de 700 pacientes. Atualmente tem uma média de 20 pacientes e outros que ainda estão sendo regulados, alguns que estão terminando o tratamento, e curados que continuam recebendo acompanhamento”, explica a oncologista.

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