O Dia Estadual do Voluntário, 24, homenageia o episódio trágico ocorrido em 2012. Hoje completam-se dois anos da morte de Alan Felipe Marinho, que tinha 19 anos e estava atuando como voluntário na alagação e morreu eletrocutado enquanto entregava sacolão na Travessa Santa Terezinha, no bairro Seis de Agosto.
A proposta da data foi do deputado Moisés Diniz e aprovada em sessão em 2013. Historicamente, a maior alagação foi em 1997, quando o Rio Acre registrou a cota de 17,66 metros. E em 2012, foi a segunda maior, com 17,64 metros. Na capital foram oito barros atingidos e o Parque de Exposições chegou a abrigar mais de 1,6 mil pessoas. Houve ainda cheia severa em Brasileia, Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri.
Com a situação de calamidade, todas as secretarias de governo estavam envolvidas com o trabalho voluntário. A mãe de Alan é técnica da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN) e seu filho trabalhava no Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre). Ela declarou nas redes sociais: “Esse foi o dia mais triste da minha vida. Foi quando perdi meu querido filho naquela terrível enchente. Meu filho foi morto por uma pessoa que fez uma ligação clandestina e isso tirou a vida do meu amado filho, que no dia estava entregando sacolão para as pessoas que estavam no alagado”.
Há uma grande comoção entre a família e vizinhos do bairro Taquari. Ela conta ainda que vai ser realizado um culto, porque os familiares continuam apegados com a fé para superar a perda do ente querido. “Eu fico muito triste, porque meu filho estava vendendo saúde”, afirma a mãe.
Desde o dia 20, com nova a subida dos rios, a energia elétrica foi suspensa em vários bairros e comunidades. A Eletrobras está monitorando as áreas alagadas para avaliar quando a energia deve ser restabelecida novamente. A água é condutora de eletricidade, por isso é tão perigoso o contato com a rede elétrica.
O nível dos rios acreanos voltou a baixar, mas Sena Madureira continua em estado de alerta. Hoje o Rio Acre está com 13,44 metros, abaixo da cota de transbordamento e alerta. No entanto, as famílias devem permanecer no Parque de Exposições até que haja segurança no retorno para casa.
