A vida da funcionária pública Aurilene de Oliveira foi marcada por um triste incidente, no dia 19 de junho de 2003. quando saia da faculdade em sua motocicleta, um motorista que dirigia em alta velocidade, no Centro de Brasileia, colidiu contra ela. Por causa do acidente, Aurilene ficou com graves sequelas físicas e emocionais. Infelizmente, a funcionária pública não está sozinha nessa realidade, pois o trânsito tem vitimado pessoas diariamente, em todo mundo.
Mais de 1,3 milhão de pessoas morrem no trânsito todos os anos no mundo. O Brasil é o quarto país em número de mortes nas vias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os últimos dados oficiais do Ministério da Saúde (MS) indicam mais de 42 mil mortes no país, em 2013. Os feridos e sequelados somam mais de 500 mil, de acordo com uma seguradora que atende esses casos.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) lembra o Dia em Memória das Vítimas de Acidentes de Trânsito, celebrado, em todo o mundo, no terceiro domingo de novembro, com uma campanha que convida toda a sociedade a refletir sobre a necessidade de se criar uma cultura de paz no trânsito.
“O trânsito é a maior causa de mortes entre jovens do mundo. Queremos que a sociedade pense sobre as consequências dos acidentes, que resultam em mortes, feridos e sequelados todos os dias. Além de sofrimento para as famílias, resultam em enormes prejuízos econômicos”, afirma o diretor-geral do Detran, Gemil de Abreu Júnior.
Para a coordenadora de educação de trânsito do Detran, Geny Polanco, cada um precisa fazer a sua parte. “Os números assustam. Por isso, as ações de conscientização e prevenção devem envolver a todos, motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres. Não podemos esperar apenas pelas ações de educação do órgão de trânsito. Nós devemos fazer a mudança nele”.
Segundo dados estatísticos da Coordenação de Engenharia de Trânsito do Detran, de janeiro a outubro deste ano, houve uma redução de 24,59% de acidentes de trânsito com mortes, em relação a igual período do ano passado. Porém, ainda foram registradas 46 mortes em vias acreanas.
Apesar de a quantidade de acidentes fatais ter diminuído, em todo o estado, os acidentes envolvendo motocicletas tiveram um crescimento em relação à proporção de vítimas que representa 54,35% das mortes no trânsito.