A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar estabeleceu como prioridade a assessoria às cooperativas de produtores familiares
O Dia Internacional do Cooperativismo é comemorado neste sábado, dia 2 de julho. No Acre as comunidades rurais são exemplos, por trabalharem de forma cooperativa. Muitos produtores familiares encontram nesta forma uma alternativa democrática para desenvolverem suas atividades produtivas. As cooperativas estão em quase todos os municípios do Estado, criadas para fortalecer a comunidade.
A Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) estabeleceu como prioridade a assessoria às cooperativas de produtores familiares. Através da Divisão de Cooperativismo e Organização Social desenvolve ações que vão desde a mobilização comunitária e treinamentos à assessoria para a formalização legal das entidades. A partir dessa formalização acontece um processo permanente de acompanhamento.
"O objetivo de se criar uma cooperativa é trazer benefícios para todos os cooperados, pois as decisões são democráticas e os lucros são divididos igualitariamente", diz a chefe da divisão de cooperativismo e organização social da Seaprof, Maria da Conceição Maia.
Atualmente os produtores familiares do Acre estão se organizando de acordo com a vocação produtiva de cada comunidade. Um exemplo são os piscicultores, os extrativistas e os avicultores que formalizaram cooperativas em busca de melhorar a produção e a comercialização e como conseqüência a melhoria da qualidade de vida. Como resultado, tem o fortalecimento das respectivas cadeias produtivas.
O Dia Internacional do Cooperativismo foi instituído em 1923, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), com o objetivo de comemorar, no primeiro sábado de julho de cada ano, a confraternização de todos os povos ligados ao Cooperativismo.
No Brasil, a construção de um estado cooperativo surgiu com os jesuítas por volta de 1610. Por mais de 150 anos, esse modelo deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da produção.
Mas o movimento cooperativista no Brasil surgiu mesmo em 1847 no Paraná seguindo modelos europeus. A partir desta data cada cooperativa fez sua própria história. As cooperativas de crédito, esfaceladas desde meados dos anos 60 e durante a década de 70, buscam novamente seu espaço. Em 1902, no Rio Grande do Sul, um padre jesuíta implantou um modelo de cooperativismo baseado em experiências alemãs junto a pequenas comunidades rurais e vilas. No final dos anos 20, um segundo modelo de cooperativa de crédito chegava ao Brasil.
O terceiro e último modelo chegou ao País no final da década de 50 com Maria Thereza Rosália Teixeira Mendes, a Terezita, como carinhosamente era chamada. Ela organizou a constituição de dezenas de cooperativas de crédito mútuo em todo Brasil.
No Brasil, existem 5.700 cooperativas e 6 milhões de cooperados. As cooperativas geram cerca de 168 mil empregos diretos e estão presentes na agropecuária, saúde, trabalho, educação, habitação, crédito, consumo, serviços, eletrificação e telecomunicações.