No último sábado, 27, foi realizado, no município de Acrelândia um “dia de campo”, para apresentar a gestores públicos e à iniciativa privada o potencial da cadeia produtiva do café clonal no Acre. A propriedade escolhida foi a Estância Taquari, do empresário rural Wagner Álvares, localizada no Ramal do Granada. O produtor apresentou a todos sua lavoura de café clonal.
Ao todo, foram plantados e estão sendo avaliados 17 tipos de café clonal na propriedade. E os resultados têm sido positivos no solo acreano, com as plantas apresentando os aspectos adequados de comprimento de hastes, número de rosetas, produção, rusticidade, uniformidade e tempo de maturação, entre outros.
A lavoura de café da Estância Taquari possui aproximadamente 65 mil pés de café distribuídos em 20 hectares. O espaço conta ainda com modernos investimentos em fertirrigação e controle fitossanitário, além de técnicas aperfeiçoadas de manejo e condução da cultura, como podas programadas e controle de invasoras, sendo um modelo de produção para o estado.
Para a safra deste ano, os produtores de café da região ainda contarão com um secador e um processo de classificação mais aperfeiçoado, iniciado desde a seleção das plantas no campo, já com a separação de grãos verdes dos maduros. Para a colheita será adotado o processo semimecanizado, onde o equipamento já promove o corte das hastes, deixando a planta pronta para o próximo ciclo produtivo.
Ao evento, estiveram presentes produtores, secretários municipais de agricultura, técnicos privados, estudantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), representantes da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Potencial
O Acre é o segundo maior produtor de café da espécie Canephora (conilon e robusta) da região Norte e sexto do país, com produção de 34.283 sacas beneficiadas em 1.201 hectares de café canéfora, segundo o IBGE, com dados de 2019.
No estado, a cafeicultura ganhou grande importância devido ao seu potencial produtivo, pela viabilidade econômica, além da expressiva capacidade de geração de empregos no campo. Atualmente, os municípios retomaram a atividade, com incentivo e apoio do governo no preparo das áreas e na logística de entrega das mudas clonais, por meio do Fundo Agropecuário Estadual (Funagro). A região tem a presença de três indústrias beneficiadoras de café, o que garante o mercado para produção.
Dezesseis dos 22 municípios cultivam café, sendo que Acrelândia detém mais de 65% da produção total no estado.