Neste domingo, 6, é comemorado o Dia da Malária nas Américas. A data foi estabelecida em 2007 pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e busca estimular a conscientização e a divulgação de informações sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, que atinge milhões de pessoas no mundo inteiro.
Atualmente a malária é considerada um dos agravos de maior importância para a saúde pública do Acre, acometendo com maior intensidade a população dos municípios do Vale do Juruá, considerada uma região de alto risco para a doença.
Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves contribuem com 93,6% dos casos de malária. Dos 26.435 casos notificados no estado em 2016, essas três cidades concentram 24.788 registros.
Dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep/Malária) apontam que, no período de janeiro a setembro deste ano, houve um acréscimo de 24,5% na notificação de casos positivos em relação ao mesmo período de 2015, quando os registros foram de 21.236.
“Mesmo com todas as estratégias do governo do Estado, em parceria com os municípios, para prevenir a população do mosquito transmissor da malária, tivemos um aumento nas notificações de casos da doença. O enfrentamento da situação de risco apresentada é um constante desafio para a gestão da saúde”, relatou Albertina Costa, diretora de Vigilância em Saúde do Estado.
Ela ressalta que o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), tem contribuído de forma eficaz na realização das ações junto aos municípios para mudar o quadro epidemiológico apresentado atualmente e, assim, garantir melhor qualidade na saúde da população.
Apesar do aumento de casos, o Acre tem obtido progressos na redução da malária nos últimos anos, passando a ser referência no combate à doença nas Américas.