Simulações de operações de segurança e resgate, desfile de escolas públicas e corporações militares empolgaram o público
Um público estimado em 10 mil pessoas compareceu ao complexo do estádio Arena da Floresta na terça-feira para prestigiar o desfile de 7 de Setembro. Transferido da Avenida Getúlio Vargas, onde era tradicionalmente realizado, o evento ganhou nova proporção, oferecendo mais conforto à população e aos mais de 2,3 mil estudantes de 13 escolas mais bem colocadas no concurso de bandas e fanfarras deste ano que desfilaram. Dividido em etapas, o desfile cívico teve como ponto máximo demonstrações de ações táticas de segurança desenvolvidas pelo governo do Estado por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Comando Aéreo. O governador Binho Marques abriu a solenidade junto aos comandantes do 7º BEC, coronel César Augusto do Valle; da PM, coronel Romário Célio; do 4º BIS, tenente-coronel Airton Garoto, e do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Flávio Pires.
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O governador afirmou que este foi o desfile cívico mais emocionante realizado durante o seu mandato. “O Acre merece. Lutou para ser brasileiro. E o Brasil está crescendo, hoje sendo a quinta economia do mundo. E o Acre está acompanhando esse ritmo. Esta festa está à altura do povo acreano, que vem se sentindo mais confortável, com toda a segurança que este evento exige”, reforçou. A assistente social Lúcia Ribeiro aproveitou para levar o sobrinho-neto Cauê, de apenas 2 anos, para assistir ao desfile. “Está tudo muito bem organizado. Ele está com medo e curioso ao mesmo tempo”, conta, mostrando ao menino os instrumentos musicais das bandas da Polícia Militar e 7º BEC, que este ano se uniram para executar os dobrados para o desfile das tropas militares.
Passaram pela Arena tropas do Exército, do 4º BIS e 7º BEC, as escolas de ensino especial que emocionaram o público, instituições esportivas e sociais, escolas públicas da capital mais bem colocadas no Concurso Estadual de Bandas e Fanfarras. Em seguida, equipes do Samu e da Polícia Militar realizaram demonstrações de resgate e abordagem com participação do helicóptero Comandante João Donato. O desfile foi encerrado com o desfile das tropas da PM e Corpo de Bombeiros, seguido do desfile motorizado das duas corporações. Maria das Dores da Costa esperava a participação do filho que desfilaria pela primeira vez como soldado militar. “Estou muito ansiosa e orgulhosa”, disse.
O fluxo de pessoas ajudou os pequenos comerciantes de bebidas e alimentos, que chegaram a faturar bem mais do que em 2009, como Francinéia Serra, que na metade da noite havia vendido todos os churrasquinhos. “Aqui o espaço é bem melhor do que na Getúlio Vargas. Ainda bem que tiveram essa ideia”. O pipoqueiro Adenilton Soares afirma que a rapidez das vendas o surpreendeu. “Hoje está muito bom aqui. As pessoas têm mais espaço para andar e isso ajuda a gente.” Preocupada e atenta a todos os detalhes, a coordenadora de Eventos, Nena Mubárac, afirma que a mudança era necessária pela resposta do público. “Tudo saiu dentro do esperado. A Getúlio Vargas não comportava mais esse evento. Aqui foi bem mais fácil criar a estrutura para o desfile”, declarou.
Homenagem
O grupamento do Comando Aéreo responsável pelas operações do helicóptero Comandante João Donato, adquirido pelo governo do Estado em 2009, fazia voos inaugurais e treinamentos com simulação de resgate de vítimas uma semana depois de ser apresentado à população, em setembro do ano passado, quando precisou fazer um resgate de fato. As vítimas viajavam pela BR-364 quando sofreram um acidente grave próximo ao município de Manuel Urbano. O caso mais grave, o da bióloga Giuliana Santi, tornou-se o primeiro salvamento com a utilização da aeronave dos 12 feitos até agora no Estado. Neste 7 de Setembro, a bióloga agradeceu, em nome de todas as pessoas socorridas dessa forma, ao governador Binho Marques, os investimentos feitos durante seu governo nas áreas de saúde e segurança.
Outra vítima socorrida pela equipe do helicóptero é o soldado da Polícia Militar João Torres, que durante atividade de educação física sofreu traumatismo craniano após uma queda. “Se não tivesse a alternativa do helicóptero, eu não teria sobrevivido”, reconhece. O comandante da Polícia Militar, Romário Célio, atribui à homenagem o momento mais marcante do desfile cívico, pois retrata a preocupação do governo de dotar o Estado de estrutura de segurança em todos os níveis. “O helicóptero prova que foi um grande investimento. Ele já se pagou se considerarmos as 12 vidas que foram salvas até agora por ele. E não dá para calcular quanto vale uma vida”, diz.
Giuliana Santi diz que, depois de um ano do acidente, a necessidade de agradecer às pessoas envolvidas no salvamento é grande. “Agradeci a muita gente, mas precisava dizer isso ao governador. Ele tinha me ajudado indiretamente, como cidadã, mas essa foi uma ajuda direta quando eu mais precisei, pela gravidade dos ferimentos”, diz a bióloga.
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