Pesquisa mantida pelo Governo do Acre e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnoloígico (CNPq) em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac) identificou esta semana dois novos geoglifos na região de Capixaba. Em sobrevôo, os cientistas localizaram um geoglifo a apenas 1.000 metros da Prefeitura de Capixaba . Em homenagem ao dono do imóvel onde está localizado, a estrutura foi batizada de Bimbarra.
O geoglifo Bimbarra chama a atenção pela presença de pequenos sítios ao seu redor. “Há vários círculos em volta”, informou Miriam Bueno, do Laboratório de Geoprocessamento da Ufac e coordenadora local do Projeto Geoglifos, do CNPq/Governo do Acre. Está sendo sugerido projeto para que a Prefeitura faça a exploração turística do Bimbarra e de um outro sítio localizado naquela região, também descoberto recentemente.
Além dos professores-doutores, alunos dos cursos de Geografia e Engenharia Florestal estão ajudando nos estudos. A primeira fase desse projeto (há outros mantidos por instituições como a Universidade Helsinque, na Finlândia e Universidade Federal de Viçosa) está sendo encerrada nesta quarta-feira, 27, e contou com o arqueólogo da UFPA, Gon Santos.
No próximo dia 31 de março Schaan estará no Acre para participar de um workshop sobre os estudos até então realizados nos sítios arqueológicos. Nos dias 1,2 e 3 de abril ministra curso de cerâmica para os alunos que participam do trabalho de campo. O curso ocorrerá no Laboratório de Geoprocessamento e visa preparar profissionais para avaliação do material cerâmico encontrado nos geoglifos.
Geoglifos, segundo o site www.geoglifos.com.br , “são vestígios arqueológicos representados por desenhos geométricos (linhas, quadrados, círculos, octógonos, hexágonos) zoomorfos (animais) ou antropomorfos (formas humanas), de grandes dimensões e elaborados sobre o solo, que podem ser totalmente e melhor observados se vistos do alto, em especial, através de sobrevôo. Geoglifos podem ser encontrados em várias partes do mundo. Os mais conhecidos e estudados estão na América do Sul, principalmente na região andina do Chile, Peru e Bolívia”.
Os primeiros geoglifos do Acre foram descobertos pelo arqueólogo Ondemar Dias em 1977. As pesquisas mais intensas foram retomadas a partir de novas observações feitas de avião por Ranzi. Atualmente, o Governo do Acre mantém sistemático programa de apoio aos estudos visando a preservação e prospecção turística desses sítios.
As pesquisas conseguiram obter muito material cerâmico , em geral fragmentado, e não param de chegar informações da possibilidade de existência de geglifo no meio da mata, onde não se é possível observar de sobrevôo. Muitos relatos vêm da Reserva Extrativista Chico Mendes.
Agência de Notícias do Acre
