Desabrigados investem na criatividade e comercializam produtos nos abrigos

Reginal e Luzivânia: dinheiro é para despesas futuras (Assis Lima)
Reginal e Luzivânia: dinheiro é para despesas futuras (Assis Lima)

Reginal e Luzivânia: dinheiro é para despesas futuras (Assis Lima)

A manicura Maria Luzivânia está no Parque de Exposições desde a última sexta-feira, 17. Aos 21 anos, ela consegue o dinheiro necessário para o sustento dos dois filhos fazendo unhas em sua casa, na Baixada da Habitasa. Para não ficar parada e garantir algum dinheiro, ela decidiu improvisar e oferecer os serviços no box onde está instalada.

“Aqui estou sendo muito bem tratada e não tenho muitos gastos, mas preciso juntar algum dinheiro para quando for retornar para casa. Em dois dias consegui R$ 80 fazendo unhas. Estou cheia de esperança de que vou conseguir mais ainda”, disse.

A diversidade dos serviços é o diferencial oferecido por Maria Luzivânia. Unhas decoradas e com cores do verão são as preferidas pelas clientes. A manicura garante a qualidade dos serviços e oferece várias opções.

Como Maria Luzivânia, o jovem Reginal Araújo, 23, é autônomo e não tem renda fixa. Sem opção de trabalho, ele decidiu improvisar e vender bombons, cocadas, pirulitos e outros doces. A intenção é conseguir algum recurso para ajudar nas despesas de casa.

“Aqui tem muita gente. Como preciso ficar aqui acompanhando meus familiares, decidi montar a banquinha e vender doces. Sei que quando sairmos daqui vamos precisar de algum dinheiro para nossas despesas, então não posso ficar parado. Deus ajuda quem trabalha”, afirmou.

Outros proprietários de comércios também decidiram improvisar e montar uma pequena estrutura para vender seus produtos, transformando o Parque de Exposições numa verdadeira cidade.

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