O diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), Cristovam Moura, participou, esta semana, do Seminário de Debates Técnicos a respeito do Anteprojeto de Reconstrução da BR-364, referente ao trecho entre a cidade de Sena Madureira e o Rio Liberdade. O evento, realizado na Ufac, em Rio Branco, foi promovido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e demais entidades ligadas à área de engenharia.
Na oportunidade, o titular do Deracre apresentou os investimentos feitos na rodovia, além retratar as dificuldades superadas para manter o fluxo de trafegabilidade na rodovia, que, desde 2011, nunca mais fechou durante o inverno amazônico devido à visão política do governador Tião Viana.
O gestor relatou que o Deracre seguiu todas as normas e recomendações do antigo projeto aprovado pelo Dnit, e que o próprio órgão reconhece que o programa não era o ideal para a região amazônica, devido ao alto índice pluviométrico e o solo com características argilosas.
“Para manter a BR-364 trafegável, foi necessária a implementação de mais R$ 36 milhões, recurso próprio do Estado nas constantes frentes de conservação da pista e atuação no controle de pesagem das cargas, entre outras. Ou seja, adotamos todas as medidas para que a estrada estivesse em boas condições, como entregamos ao Dnit em 2014. Com certeza, com esses debates técnicos, serão retomados esses patamares”, declara Moura.
Em 2015, o governador Tião Viana conseguiu mais de R$ 70 milhões junto ao governo federal para a manutenção emergencial da BR-364. Já no ano passado, antes do impeachment, a presidente Dilma garantiu a liberação de mais de R$ 200 milhões para a rodovia.
Mas a atual gestão do governo federal, apesar do ato alusivo ao início da recuperação – realizado em dezembro de 2016 em Cruzeiro do Sul – liberou apenas R$ 10 milhões e não iniciou de imediato a manutenção da rodovia, o que resultou em péssimas condições da estrada.
O superintendente regional do Dnit no Acre, Thiago Caetano, explica que o debate sobre o anteprojeto tem o objetivo de exibir e colher propostas de soluções que atendam as necessidades da obra e melhorem as fases de reestruturação da rodovia.
“Ter a oportunidade para apresentar esses estudos e ouvir do corpo técnico e da comunidade as preocupações, trocar experiências e entender as peculiaridades regionais contribuirá para que tenhamos um projeto eficaz”, disse Caetano.