Nas últimas semanas, o nível do Rio Acre apresenta constantes elevações devido ao quantitativo de chuvas. As altas marcas alcançadas pelo manancial contribuem para o processo de captação de água, no entanto, exigem um acompanhamento contínuo dos equipamentos que compõem o sistema de abastecimento.
O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) adota procedimentos preventivos nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) das cidades acreanas para evitar danos em bombas em balsas flutuantes e rompimento de barragens. O sistema de Brasileia e Xapuri recebem constantes monitoramentos a cada alteração nas cotas de alerta ou transbordamento do manancial, informados pela Defesa Civil Estadual.
“Com o aumento das águas do manancial, os entulhos e tronco de árvores que ficam nos barrancos são arrastados pela correnteza dos rios, formando os balseiros, que podem gerar impactos nos flutuantes e até afundá-los, causando problemas em toda a rede de abastecimento”, informa o diretor de operações do Depasa, David Bussons.
Assis Brasil e Capixaba também são municípios banhados pelo Rio Acre, porém, o processo de captação de água é realizado em igarapés, que seguem suas regularidades. Em Epitaciolândia, a ETA possui uma barragem para a contenção de água do Igarapé Diabinho. A estrutura é passível de danificação em situações de enxurradas.
“Um caso que exige sempre atenção redobrada. No ano passado, fizemos intervenções para deixá-la reforçada, e a medida tem dado certo. No entanto, o grande volume de chuvas pode exigir alguma ação imediata, por isso ficamos em alerta. Por enquanto, tudo dentro da normalidade”, destaca Bussons.
Em Rio Branco, a autarquia também segue com o monitoramento das bombas em balsas flutuantes das duas ETAs. Na semana passada, o Depasa, com auxílio do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre), realizou a retirada de balseiros e readequou os flutuantes.