Depasa divulga laudo que comprova a qualidade da água distribuída no Ilson Ribeiro

"A qualidade pra mim ta de primeira, não tenho o que dizer da água," disse Francisco Lopes da Cruz (Foto: Andrey Santana)

“A qualidade pra mim ta de primeira, não tenho o que dizer da água,” disse Francisco Lopes da Cruz (Foto: Andrey Santana)

O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) divulgou, nesta sexta-feira, 13, que nas análises das amostras de água coletadas no bairro Ilson Ribeiro, região do Calafate, não foi constatada nenhuma alteração.

Foram feitas coletas em oito pontos diferentes do bairro, inclusive na rua denunciada por um site de notícias de Rio Branco.

O resultado da análise bacteriológica não encontrou coliformes fecais, causador de doenças, nem tampouco coliformes totais, bactérias que não causam doenças. Além disso, os índices de cloração e turbidez estão dentro dos padrões estipulados pelo Ministério da Saúde (MS).

“A portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde diz que o valor permitido de turbidez é de até 5 uT e o mínimo de cloro residual é 0,2 mg/L. A Saúde permite ainda até 5% de coliformes totais. Na nossa água deu ausência total,” disse Filogonio Cassiano Ribeiro, chefe da Divisão de Produção e Tratamento de Água do Depasa.

 Análises das amostras de água coletadas no bairro Ilson Ribeiro

Análises das amostras de água coletadas no bairro Ilson Ribeiro

Para a elaboração do laudo, foram utilizadas as normas da portaria 2914/2011 do MS, que diz que, para até cinco mil habitantes, são necessárias dez amostras coletadas por mês. O Depasa colheu oito amostras no Ilson Ribeiro. Para toda Rio Branco, são realizadas mensalmente 120 coletas de amostras de água em diversos pontos da capital.

{xtypo_rounded2} Clique aqui para ver o arquivo original do laudo {/xtypo_rounded2}

Segundo a portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde, é de responsabilidade das empresas de abastecimento e distribuição de água verificar a qualidade do produto fornecido na saída do tratamento( nas ETA’s) e na rede de distribuição. Ou seja, até o cavalete (kit formado por tubos e conexões destinados à instalação de hidrômetro para realização da ligação de água). 

“Nossa água é bem tratada e não oferece nenhum risco à população. Nós temos um controle mensal, coletamos água diariamente em diversos pontos da cidade e alimentamos o sistema nacional de controle da água em Brasília. Não só as amostras de Rio Branco, mas de todas as cidades do estado,” afirmou Filogonio Cassiano Ribeiro.

Reforço na rede de distribuição do Ilson Ribeiro já apresenta resultados

Com a nova adutora de 200mm, instalada no final do mês de agosto no bairro Ilson Ribeiro, os moradores já percebem a diferença em suas caixas d’água. A comunidade, que antes não recebia água com freqüência, agora passa a ter o serviço a cada 48 horas.

Água em casa no Ilson Ribeiro chega com pressão de 10 metros de coluna d'água (mCA) (Foto: Andrey Santana)

Água em casa no Ilson Ribeiro chega com pressão de 10 metros de coluna d’água (mCA) (Foto: Andrey Santana)

“A parte antiga havia sido feita para uma população “X” e esse número mais que dobrou. Isso fez com que toda a rede ficasse insuficiente para atender a demanda. Tínhamos muitas reclamações, muitos problemas em relação principalmente à parte mais alta do bairro. Agora conseguimos injetar a parte de água que estava faltando para atender todo o Ilson Ribeiro. Então se você fizer uma pesquisa aqui hoje, vai ver que todas estão com pressão suficiente para que a água chegue em todas as caixas,” afirma o diretor executivo de gestão técnica e operacional, Janderson de Assis.

Moradora do Ilson Ribeiro há 11 anos, a empregada doméstica Marilza Queiroz conta que por várias vezes comprou água de caminhões pipa.“Assim que abriu a estrada e chegou o asfalto, a gente comprava água ou buscava em uma cacimba aqui perto de casa. Várias vezes me roubaram água durante a madrugada, porque a vizinhança tinha dificuldade,” disse.

Hoje, a rede de distribuição do Depasa tem força suficiente para encher a caixa de dona Marilza Queiroz. Outro morador do Ilson Ribeiro, o comerciante Francisco Lopes da Cruz, fala sobre a qualidade da água que tem recebido.

“A qualidade pra mim tá de primeira, não tenho o que dizer, mas se eu não limpar a caixa d’água ou o vizinho não limpar a dele, a gente pega doença. A cada quinze dias eu limpo, até porque senão o pessoal da dengue chama a nossa atenção”, ressalta o comerciante.

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