Delegação acreana conhece em Puno portfólio de produtos peruanos para exportação

Uma delegação acreana, composta por representantes da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), da Assembleia Legislativa (Aleac), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Câmara Técnica de Comércio Exterior, visitou o Distrito de San Miguel, localizado no Departamento de Puno, no Peru, nesta quarta-feira, 26, conhecendo o portfólio de itens produzidos na região que poderão ser exportados para o Acre e outros estados do Brasil.

Autoridades peruanas apresentaram produtos que podem ser exportados para o o Brasil, fortalecendo o comércio bilateral. Foto: Assessoria

A agenda de comércio exterior foi conduzida pelo prefeito de San Miguel, Cristin Mamani. O diretor de Assuntos Aduaneiros da Seict, Marcos Moraes, ressaltou a importância do aprofundamento das relações econômicas entre as regiões.

“O Peru é a principal rota de destino do que é produzido em larga escala no Acre. Do total de US$ 45,8 milhões exportado em 2023, 21% teve como destino final os departamentos peruanos para onde foram comercializadas carnes suínas e castanha-do-pará. Conhecemos em San Miguel produtos que podem fazer o caminho de volta, fortalecendo ainda mais essa relação bilateral”, analisou.

Moraes destacou o esforço do titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, nas ações de desenvolvimento do setor industrial. Lembrou que a proteína animal é exportada de indústrias acreanas para os produtores de truta salmonada no Distrito de Puno, graças à promoção de negócios “que conta com total apoio do governador Gladson Cameli”.

Celebração em San Miguel homenageou autoridades da delegação acreana que participam da agenda em promoção a negócios. Foto: Assessoria

O coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior, Alejandro Salinas, disse que uma das tratativas entre empresários acreanos e peruanos visa à importação de truta salmonada de Puno para o Acre, pela rota Quadrante Rondon.

“A truta salmonada já é consumida pelos acreanos. O detalhe é que vai antes para São Paulo e chega ao Acre como produto chileno. A ideia é encurtar caminhos, fazê-la chegar ao Acre em tempo bem menor e com excelente qualidade para o consumo, o que pode ocorrer através do corredor bioceânico”, explicou Salinas.

O presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga, frisou o trabalho que vem sendo feito pelo governo do Estado e o governo federal para diminuir as dificuldades aduaneiras, ressaltando a posição estratégica do Acre e a inauguração do Porto de Chancay.

“O Acre é o único estado brasileiro que cruza somente um país para chegar ao Oceano Pacífico, o Peru. Os investimentos chineses no megaporto de Chancay podem se tornar uma alternativa logística para as exportações e importações que passaram pelo Acre e chegarão a Rondônia e também Amazonas, Mato Grosso e todo o Brasil e vice-versa”, disse Gonzaga.

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