De mãos dadas por um Acre melhor – artigo

Uma das definições dos dicionários para parceria é “acordo, união ou contrato firmado entre indivíduos ou empresas que têm um mesmo propósito”.

No Acre, o governo do Estado, ao longo dos últimos anos, tem feito dessa definição um método usual, colocando em prática o conceito de parceria em política pública para o crescimento da economia, atraindo a iniciativa privada, gerando empregos e, o mais importante, melhorando a vida das pessoas que vivem no campo e na floresta.

O Acre experimenta pela primeira vez em sua história um momento de fortes investimentos na industrialização do que é produzido pelas mãos do povo da floresta, moradores de áreas rurais espalhados pelo estado.

Estamos deixando de ser um estado de atividade essencialmente primária. Quer um exemplo disso? “Passeie” pelos supermercados. Vai ser fácil constatar a quantidade de produtos acreanos, produzidos e industrializados no estado.

É preciso deixar claro que o governo não deixou de lado o apoio a quem pratica essas atividades primárias, como o extrativismo, a agricultura e a pecuária. Pelo contrário, é graças ao crescimento sustentável dessas atividades que o Acre tem tido condições de caminhar em novos horizontes.

O segredo do sucesso é a construção de uma sólida parceria com a iniciativa privada, o revigoramento das organizações comunitárias e o apoio aos produtores, sem distinção, sejam eles familiares, médios ou de grande produção.

Apesar de ainda ter um longo caminho a ser percorrido, o Acre começa a colher os frutos resultantes das parcerias público-privado-comunitárias.

A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre) é um bom exemplo. Hoje, presente em 14 municípios, a cooperativa tem mais de 2,2 mil cooperados e capacidade para beneficiar mais de três mil toneladas de castanha.

Responsável pela maior produção beneficiada do país e com planos de se tornar a maior do mundo, a Cooperacre comercializa sua produção para mais de 20 estados do país, entre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.

A parceria com a Cooperacre resgata o respeito e valorização a uma das atividades econômicas mais importantes, ao lado da borracha, para a história do Acre e a construção da identidade seu povo.

É impossível se falar desse tipo de parceria no Acre sem citar o Complexo de Piscicultura, que já se tornou uma referência para o país.

Os pequenos criadores de peixes se tornaram sócios na empresa e participam de todas as decisões. O resultado é a produção de um peixe de qualidade, que a cada dia ganha mais espaço no mercado.

Nos últimos anos tem acontecido uma verdadeira revolução no setor produtivo do Alto Acre, com a parceria firmada com a empresa AcreAves e os produtores rurais da região.

A iniciativa mudou a vida de quase 100 produtores familiares, que com a criação das aves conseguem uma renda que varia de R$ 1,8 mil a R$ 8,5 mil mensais.

O empreendimento é responsável pela geração de 320 empregos diretos e 1,5 mil indiretos e deve, no início de 2016, duplicar sua produção, chegando a 25 mil frangos diariamente.

E os avanços não param. Na próxima segunda-feira, 30, será dado mais um passo para a efetiva transformação do Acre em um estado mais produtivo. O frigorífico da Dom Porquito reafirma a política de mãos dadas do governo com empresários e produtores rurais.

O empreendimento é considerado pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos um dos mais modernos do país. Orçado em R$ 26 milhões, o frigorífico terá capacidade de abate de 250 animais, gerando 300 empregos.

Os produtores rurais recebem todas as condições necessárias para a criação dos suínos, desde a construção dos galpões, até a ração adequada para as diferentes etapas de crescimento dos animais.

A inauguração do frigorífico vai fazer parte um evento que mostra a preocupação do governo com os produtores rurais.

O Primeiro Encontro de Cadeias Produtivas Sustentáveis do Alto Acre vai proporcionar a milhares de produtores acreanos informações sobre produção, comercialização, empreendedorismo rural e crédito.

Com todos esses investimentos e os resultados que já começam a aparecer, o Acre parece ter descoberto a receita para iniciar um consolidado processo de industrialização.

Estabelecendo uma relação de confiança com a iniciativa privada, realizando investimentos de infraestrutura e, principalmente, cuidando de seus produtores.

É possível avançar, é possível crescer, é possível melhorar a vida das pessoas, mesmo nos momentos de crise.

De mãos dadas, o Acre tem pavimentado um futuro de oportunidades para todos no setor rural, sejam empresários, agricultores, extrativistas ou criadores de peixes, suínos ou aves.

Este é o novo Acre.

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