DDT: ex-guardas começam a receber exames nesta terça-feira

Governo do Estado também negocia convênio com a Polícia Federal para realizar novos exames em casos mais graves

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Comissão de ex-guardas acompanha todas as ações realizadas pela Sesacre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Os ex-guardas de endemias da antiga Sucam (atual Funasa) que alegam problemas de saúde decorrentes da exposição ao DDT começam a receber nesta terça-feira, 3, os primeiros exames coletados com apoio do Governo do Estado. Foram 200 exames realizados no Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA), em uma parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), e o primeiro lote, com 22, será apresentado e analisado por uma equipe de especialistas da Fundhacre. A clínica comandada pelo médico Rimauro Santos irá atender os ex-agentes e apresentar o resultado dos exames.

A partir da entrega desses resultados, os especialistas vão iniciar um processo de investigação dos problemas de saúde de cada ex-agente. Todos os pacientes serão encaminhados para atendimento especializado para que façam o devido tratamento na própria Fundação Hospital. Na semana que vem, chega a Rio Branco o segundo lote de exames.

"À medida em que cada exame for analisado, será iniciado o tratamento inclusive para causas não associadas ao DDT", disse o secretário de Saúde, Osvaldo Leal. Ele anunciou que foi criado um ambulatório especializado para atender as pessoas que foram expostas ao inseticida.

Governo também busca parceria com a PF para realização de novos exames em casos mais graves

Além de garantir os exames no Instituto Evandro Chagas, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde, está negociando com a Polícia Federal do Acre um convênio para que a corporação realize em seu laboratórico toxicológico novos exames que também detectam a presença e a quantidade de substâncias tóxicas no organismo. A parceria vai garantir a realização desses exames em cinquenta pacientes que apresentam estado de saúde mais grave.

DDT é a sigla de diclorodifeniltricloretano, inseticida que foi largamente utilizado no combate ao mosquito anopheles, transmissor da malária, durante décadas no Brasil, especialmente nos  Estados da Amazônia.

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