Curso transforma jovens em mobilizadores

Projeto é uma iniciativa do Imac com apoio da Eletronorte e escolas estaduais selecionadas para o processo

Concluiu na última sexta feira, 17, o sexto e o sétimo módulo, Educomunicação e Manejo Florestal, da formação dos Jovens Ambientais Voluntários, em Epitaciolândia. O projeto é uma iniciativa do Instituto de Meio Ambiente com apoio da Eletronorte e das escolas estaduais selecionadas para o processo, atualmente são: a Escola Estadual Joana Ribeiro Amed, Escola Brasil Bolívia e a Escola Estadual Manuel Machado, em Rio Branco.

Em Epitaciolândia, desde 1998, a Escola Estadual Joana Ribeiro Amed desenvolve um trabalho junto com os alunos no igarapé Encrenca. Essa preocupação é porque esse igarapé fornece água potável à cidade e estava na eminência de sumir, ainda hoje carece de cuidados. Então, foi visto que a recuperação da nascente e mata ciliar necessitava de um projeto com continuidade.

A temática centrada nos recursos hídricos gerou um curso que trabalharia comportamentos ecologicamente equilibrados, formulado pela equipe técnica da Divisão de Educação Ambiental do Instituto de Meio Ambiente para os municípios. Assim em cada realidade em que é implementado o projeto sofre algumas adaptações. Os técnicos analisam a problemática e discutem as ações, para que nos módulos seja estimulada a reflexão, assim pautada em princípios sociais, éticos e ambientais. Os jovens são incluídos no processo de forma a serem a resposta, por meio de ações pró-ativas junto aos grupos sociais em que eles participam.

É então oferecido um curso de capacitação para os voluntários, para se tornarem agentes ambientais. Na Escola Estadual Joana Ribeiro Amed são cerca de 30 alunos. O curso tem 13 módulos, totalizando 200 horas, que são estruturados pelo incentivo ao envolvimento dos jovens, a fim de formá-los como mobilizadores, educadores e multiplicadores de conhecimentos e informações sobre meio ambiente. Havendo para isso atividades teóricas e práticas.

Nos módulos anteriores foram realizadas parcerias, para com elas alcançar mais sucesso, como foi feito com o exército e corpo de bombeiros. Os temas já trabalhados foram: Legislação ambiental, água, reoreferenciamento, biodiversidade, desmatamento, queimadas, mudanças climáticas, poluição ambiental e educação ambiental. Em todos, as atividades práticas figuraram na forma de intervenções e mobilização na escola e na sociedade, exigindo da articulação, comunicação e do aprendizado dos jovens. A expectativa é dar continuidade ao processo de formação e formar até 2009, 200 jovens nos municípios.

Os jovens serão resposta à urgente necessidade de conduzir as pessoas a uma mudança de atitudes e comportamentos que as levem a participar ativamente na resolução dos problemas ambientais. Visto que na realidade coletiva, onde os direitos e deveres são dimensões de um mesmo processo de construção da cidadania, isso visará o aumento da qualidade de vida da população

Educomunicação e Manejo Florestal – O módulo chamado Educomunicação teorizou a comunicação, os meios de comunicação e a forma como essa é feita. Pois que os jovens precisam adaptar a linguagem e as informações de forma acessível para a sociedade. Assim foi trabalhado o texto, fabricado fanzines e feita visita a Rádio Aldeia, para que a difusão seja vista de forma sistemática e simples para os alunos. Já o Manejo Florestal, tratou da complexidade da floresta e uniu a teoria com as botas sete léguas, equipamento de segurança, luvas e capacete, para na aula de campo na área do exército, para que eles aprendessem mais sobre medição de toras, corte, altura, espessura e tipos de árvores.