Curso de Libras fortalece inclusão na Escola Militar Estadual Tiradentes

Cerca de 30 pessoas, entre professores, funcionários e familiares, toda segunda-feira à noite, aprendem a Língua Brasileira de Sinais no Colégio Militar Estadual Tiradentes, em Rio Branco. A iniciativa é liderada pelo Centro de Apoio ao Surdo da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes e busca educar e promover uma inclusão mais efetiva no ambiente escolar.

Turma reúne cerca de 30 pessoas para o ensino de Libras. Foto: Mardilson Gomes/SEE

O capitão Railson Melo, gestor do colégio, que é também um dos alunos do curso, explica que a ideia surgiu de um diálogo com intérpretes e professores, após perceberem dificuldades de comunicação entre ouvintes e surdos que estudam na instituição. “Esperamos que a escola seja uma referência e que inspire outras escolas a promoverem a inclusão”, ressalta o capitão.

A professora responsável pela turma, Débora Nolasco, destaca a importância da iniciativa e da interação entre ouvintes e surdos: “A comunicação entre surdos e ouvintes, quando eles vão se aceitando, entendendo e interagindo, é muito importante tanto para os surdos quanto para tornar a escola verdadeiramente inclusiva”, afirma a professora, que também é surda, especialista em Libras e atualmente mestranda na área.

Família Borges está entre os alunos do curso de Libras. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Entre os alunos beneficiados está Alex Fernando Borges e seus pais Anilson Borges e Gleiça Bezerra que estão aprendendo a Libras para se comunicarem melhor com o filho em casa. “Às vezes ele chega falando Libras e a gente fica sem entender, então surgiu essa oportunidade para nós aprendermos também. A Libras trouxe a inclusão que ele merece como qualquer outro jovem da idade dele”, diz Anilson. 

Alex nasceu com uma doença degenerativa que causa perda bilateral da audição. Atualmente, o estudante, que cursa o terceiro ano do ensino médio, ainda retém um pouco da capacidade auditiva e está fazendo o curso para aprimorar a comunicação em Libras. “Eu me sinto bem. Talvez eu possa perder mais um pouquinho da audição e vou precisar dessa comunicação com meus pais”, considera. 

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