Cultura do povo Huni Kuin inspira exposição em Bienal de Veneza

Bienal de Veneza vai de 13 de maio a 26 de novembro (Foto: Cedida)

A Bienal de Veneza, evento internacional de arte que ocorre de dois em dois anos, em Veneza, na Itália, este ano é realizada de 13 de maio a 26 de novembro.

O povo Huni Kui estará presente ao evento, por meio da exposição do artista plástico brasileiro Ernesto Neto que é inspirado na cultura desse povo.

Uma delegação constituída por lideranças Huni Kuin, entre eles o assessor para Assuntos Indígenas do governo do Acre, Zezinho Yube, o presidente da Federação Huni Kui do Acre (Fephac), Ninawa Inu Huni Kui, o conselheiro e liderança do Jordão Siâ Osair Sales, a liderança na aldeia São Joaquim, Siã Tadeu e duas mestras do Kene, Maria Carla e Ana Paula, foram convidados para participar da abertura da exposição.

A arte de Ernesto Neto exposta na Bienal de Veneza+! foi construída em composição com a arte tradicional Kene, desenhos geométricos que, segundo um dos mitos Huni Kuin, vieram do Yube, a jiboia encantada e é um relevante bem patrimonial desse povo.

Além de participar da abertura da exposição à viagem da Veneza teve o objetivo de divulgar a cultura indígena e viabilizar parcerias. Assim, alguns integrantes da delegação participaram de outras agendas como contatos com lideres e representantes de governos, apresentação de projetos e articulação de parcerias com a finalidade de beneficiar o fortalecimento da Fephac e do povo Huni Kuin como um todo.

“Para o povo Huni Kuin e para os indígenas do acre é um privilegio estar divulgando uma cultura da Amazônia e do Acre, do povo Huni Kuin e dessa possibilidade de parceria e de apoio nos projetos culturais no Estado”, afirma Zezinho Yube.

Ninawa, presidente da Fephac, Francesca Von Habsburg apoiadora da exposição e Ernesto Neto (Foto: Cedida)

O artista

O artista plástico brasileiro Ernesto Neto nasceu no Rio de Janeiro, em 1964. Estudou nos anos 80 escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Laje, com Jaime Sampaio e João Carlos Golberg. Também estudou intervenção urbana e escultura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com Cléber Machado e Roberto Moriconi.

O escultor e cenógrafo é representante da arte contemporânea e se destaca por suas esculturas/instalações com o uso de diversos materiais, entre eles a lycra, o algodão e a poliamida.

 

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